EMPRESAS CHINESAS JÁ INVESTIRAM US$ 12 BILHÕES EM GERAÇÃO SOLAR NA AUSTRÁLIA E NA EUROPA
Os chineses estão investindo pesado em mercados internacionais de energia eólica. Os números já ultrapassaram os US$ 12 bilhões apenas na Europa e na Austrália. E o Brasil também faz parte do interesse chinês. Essa foi a conclusão de uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (16), pelo Instituto de Economia e Análise Financeira da Energia (IEEFA).Este instituto realiza pesquisas e análises globais sobre questões financeiras e econômicas relacionadas à energia e ao meio ambiente. Com o desenvolvimento da liderança tecnológica global da China em setores de energia de baixa emissão, nos últimos anos algumas empresas de energia chinesas transferiram seus investimentos para a energia eólica. Este é o caso particularmente nos países membros da OCDE, a maioria dos quais não faz parte do escopo oficial da iniciativa do programa Um Cinturão, Uma Rota. Simon Nicholas, analista de energia do IEEFA, diz que “A liderança internacional da China em setores de baixas emissões está inteiramente alinhada com os esforços para aumentar sua influência econômica global. Embora os investimentos internacionais da China em energia renovável tenham sido impulsionados pelo lançamento da iniciativa Um Cinturão, Uma Rota há cinco anos, agora eles se estendem muito além dessas fronteiras.”
Os produtores estatais independentes de energia chineses adquiriram grandes projetos eólicos em nove países europeus, visando especialmente diversificar suas carteiras estrangeiras e adquirir experiência em tecnologia eólica offshore. De acordo com o estudo, os investimentos estrangeiros em energia renovável da China aumentaram como resultado do programa Um Cinturão, Uma Rota, mas a maioria deles não está nos países da iniciativa. Historicamente as maiores empresas de energia da China favorecem a energia gerada pelo carvão e a hidroeletricidade, ao invés da energia eólica e solar. Esse viés continua evidente nos investimentos externos, especialmente no sudeste da Ásia e na África. Nos países em desenvolvimento que não fazem parte do rograma, a China continua a construir projetos de energia movidos a carvão, à medida que as oportunidades para projetos internos de carvão se esgotam.
O relatório da IEEFA observa que a maioria dos investimentos estrangeiros em energia da China no Sudeste Asiático foi para projetos hidroelétricos (US$ 45 bilhões) e carvão (US$ 12 bilhões), quantias significativamente maiores do que o investimento eólico na União Europeia (US$ 6,8 bilhões) e na Austrália. (US$ 5 bilhões). Embora esta tendência seja influenciada pelo fato de que os investimentos eólicos e solares tenham aumentado apenas nos últimos anos. O documento amplia dos dados publicados em janeiro que descreveu como a China se tornou líder mundial em energia renovável. O documento inclui ainda notas sobre empresas chinesas como a China General Nuclear, China Resources Power, China Shenhua Group, China Three Gorges, State Development and Investment Corp., China Huadian Corp. e China Huaneng Group.
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