MATRIZ NUCLEAR CHINESA USARÁ O TÓRIO COMO COMBUSTÍVEL E PASSARÁ DE 3,5% PARA 10 % DE TODA GERAÇÃO

O desenvolvimento do Programa nuclear  chinês precisa ser colocado dentro do contexto de uma ambição da China em  produzir energia elétrica limpa em uma escala sem precedentes. Atualmente, o país já está gerando 1500 GW’s de energia elétrica (dados de 2015). Em 2016, a participação da energia nuclear no mix foi de 3,56%. Até 2030, a China quer que esse percentual seja elevado para 10 %. Por esse tempo, a produção total do sistema de eletricidade da China é direcionada para 3.000 GW.  O órgão pesquisador observa que ele espera que o percentual seja maior que esses 10%. A aceitação da energia nuclear tem sido muito apoiada por uma razão óbvia: o povo chinês está farto de ter que respirar o ar  poluído pelo do carvão. E a energia do sol e do vento não é constante o suficiente, na avaliação direta que o governo faz. O fornecimento de eletricidade passará de 1500 GW em 2015 para 3000 GW em 2030. Em 2030, a quota da energia nuclear passará de 3,56%, em 2015, para 10%. Isso significa que cerca de duas a três das usinas nucleares da China em 2030 serão novas, um acréscimo de cerca de 200 GW em pouco mais de 10 anos. Usar o tório é crucial, porque as reservas domésticas de urânio da China são limitadas.

Mas a China tem um desafio. Se todos esses mais de 300 gigawatts de energia nuclear forem produzidos por urânio em reatores de água leve, a China dependerá fortemente das importações de enormes quantidades de urânio. E embora a China tenha grandes reservas de uma grande variedade de minerais, seu inventário de urânio é limitado. O gráfico apresentado fala claramente sobre a fome da China por urânio. É aqui que entra o tório. Uma grande razão para a China embarcar no desenvolvimento de reatores de sal fundido de tório é economizar nas importações de urânio. As reservas de tório da China são estimadas em mais de 280.000 toneladas. Embora esse número possa não parecer grande, uma tonelada de tório natural em um MSR pode, em princípio, produzir 100 vezes a energia de uma tonelada de urânio natural em um reator de água leve. Isso significa que o tório pode realmente se tornar o combustível alternativo para a energia nuclear na China.