CÂMARA FRANÇA-BRASIL FAZ DOZE PROPOSTAS PARA UM PROGRAMA AGRESSIVO DE DESENVOLVIMENTO NO SANEAMENTO
Os empresários da Câmara de Comércio França-Brasil defenderam a criação de um programa agressivo de desenvolvimento do saneamento no Brasil, além de um novo projeto para acesso a imóveis populares. As propostas fazem parte de um memorando para revitalizar o setor de construção civil no País. O déficit habitacional no Brasil é estimado em 7 milhões de unidades. Aproximadamente 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água e 50% dos habitantes carecem de rede de esgotamento sanitário. O País investe apenas 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para solucionar essas questões, quando deveria investir 5% do PIB para recuperar o atraso e 2% para manter a atual infraestrutura. Acamara francesa reúne mais de 800 associados em suas regionais São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Existem cerca de 600 empresas francesas no Brasil, que empregam 500 mil funcionários.
Thierry Fournier, presidente da Câmara em São Paulo disse que “Fica claro como a situação é dramática e, a cada ano, piora em vez de melhorar. No entanto, o Brasil tem condições de, com bom planejamento, zerar o déficit habitacional até 2050 e manter um desenvolvimento com as emissões de carbono em um nível compatível com a limitação de crescimento da temperatura mundial até 2 graus”.
Os empresários franceses propuseram doze medidas para serem tomadas, todas ancoradas nos pilares de urbanização, competitividade e sustentabilidade. Veja a lista:
A) Urbanização e setor habitacional:
01)Implementar um programa agressivo de desenvolvimento do saneamento e da sanitização;
02) Redesenhar um programa mais eficiente de affordable housing;
03) Uma política clara de redução do consumo energético e de melhoria da qualidade do ar interior para setor da construção, residencial e não residencial;
04) Acrescentar as normas construtivas para uma melhor isolação térmica e acústica. A Câmara considera que atualmente é “ uma pura vergonha no Brasil”;
05) Modernizar os planos urbanos das cidades principais.
B) Competitividade e produtividade:
06) Obrigar o uso do BIM para ter acesso às licitações para obras publicas;
07) Incentivar o uso de técnicas construtivas modernas (construção a seca em particular) e um programa agressivo de treinamento da mão de obra às novas técnicas;
08) Rever normas técnicas para permitir o uso de soluções mais eficientes e mais leves;
09) Rever as regras de financiamento do setor da construção residencial.
C) Sustentabilidade
10) Promover os green labels e mostrar o exemplo no setor público;
11) Desenhar um programa para incentivar a renovação do parque existente. Foco no setor de baixa renda. Inclusive as favelas;
12) Forçar a indústria da construção a se organizar para reciclar muito mais e economizar recursos.
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