REAJUSTE DE 13 % NO PREÇO MÉDIO DO DIESEL PODE REACENDER O MOVIMENTO DOS CAMINHONEIROS QUE ORIGINOU A GREVE
Parece um novo desafio aos caminhoneiros, mas são as regras próprias que a Petrobrás estabeleceu para os reajustes nos preços dos combustíveis, com o aval do governo Temer. O diesel vai subir 13% de uma só vez, devido principalmente a variação vertiginosa para o alto do dólar. Isso tudo vai fazer, como o Petronotícias previu, que o próximo trimestre a companhia terá um lucro extraordinário. Nesta sexta-feira, último dia de agosto, a estatal informou o valor do reajuste médio dos combustíveis, com o aval da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Após o reajuste, o preço médio de venda do combustível pelas refinarias da estatal será de R$ 2,2964 por litro, apenas R$ 0,0752 abaixo do recorde atingido no dia 23 de maio, ainda no início da greve dos caminhoneiros. Em um mês, o reajuste supera em muito o índice anual da inflação.
O novo valor terá validade de 30 dias, segundo as regras do programa de subvenção criado pelo governo para pôr fim à paralisação. Desde o início de junho, o preço do diesel estava congelado pelo programa. A média anunciada pela Petrobrás considera os volumes de venda nas diferentes regiões do país, já que desde o início do programa de subvenção, o preço do diesel é tabelado por região. E trata apenas do preço de venda pelas refinarias, que equivale a 55% do preço final do combustível, que inclui ainda impostos e margens de lucro. De acordo com a ANP, a maior alta ocorrerá na região Centro-Oeste, que passa a ter preço diferente do Sudeste: R$ 2,4094 por litro, aumento de 14,4%. A menor, no sudeste, de 10,5%, para 2,3277 por litro. No Nordeste, o aumento será de 12,5%, para R$ 2,2592; no Sul, de 13,1%, para R$ 2,3143; e no Norte, de 13,2%, para R$ 2,2281. O programa de subvenção dura até o fim do ano ou o esgotamento dos R$ 9,5 bilhões separados pelo governo para bancar o subsídio. A cada 30 dias, o preço de venda pelas refinarias e importadores será revisto.
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