PROBLEMAS NA CABOTAGEM CAUSAM PREJUÍZOS NO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS
Um dos principais meios de transporte de mercadorias na região do Amazonas (AM) e Amapá (AP), a cabotagem vem enfrentando sérias dificuldades, e corre o risco de se tornar inviável. A cabotagem é uma das principais formas tanto de abastecimento como de escoamento de produção das empresas do Pólo Industrial de Manaus (PIM).
O grande problema atual da cabotagem é a deficiência no serviço de praticagem. Os práticos são profissionais treinados pela marinha para assistir capitães de navios na navegação pelos rios da região. Apesar de ser uma posição cobiçada, cujo salário pode chegar a R$ 50 mil por mês, e ser considerado um serviço essencial, há uma falta profissionais de boa formação no Brasil. De acordo com a Marinha do Brasil, os questionamentos da empresas envolvidas serão encaminhados ao setor responsável dentro da corporação.
De acordo com diversas empresas que operam o transporte de cabotagem na região, o problema, que já vinha sendo recorrente há tempos, se intensificou a partir de janeiro deste ano. Os comandantes de navios de cabotagem afirmam que diversas mudanças na programação da praticagem em Macapá (AP) têm prejudicado o serviço na zona ZP-1, que abrange a capital do Amapá e Itacoatiara (AM).
A Aliança navegação, uma das empresas que presta o serviço de cabotagem na região, afirmou que a falta e mau treinamento dos práticos vem causando atrasos e prejuízos no serviço. O gerente de cabotagem da Aliança, Cláudio Fontenelle, afirmou que esta lacuna compromete o abastecimento do porto de Manaus, e consequentemente o funcionamento das indústrias da região, principal pólo de produção de eletroeletrônicos no Brasil, e vem trazendo prejuízos da ordem de US$ 20 bilhões por ano.
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