COMEÇA A RIO OIL & GAS 2018 COM PERSPECTIVAS POSITIVAS DE RETOMADA DE NEGÓCIOS
Uma mesa de abertura cheia de diferentes personalidades do setor nacional de óleo e gás, mas todos com um discurso bem parecido na abertura da Rio Oil & Gas 2018. Os representantes de petroleiras e do governo ensaiaram bem as falas iniciais, enaltecendo as perspectivas de retomada de negócios, as recentes mudanças regulatórias no segmento e destacando a entrada de novos players no mercado para explorar o potencial das reservas brasileiras. A Petrobrás, de quem se espera muito na feira, foi representada por sua diretora de exploração e desenvolvimento, Solange Guedes, em nome do presidente da estatal, Ivan Monteiro. Ela destacou alguns marcos importantes atingidos em 2018, como os 10 anos da produção do pré-sal e ainda ressaltou a necessidade de parcerias com demais empresas do setor para superar os desafios de projetos.
Centenas de expositores estão na Rio Oil & Gas 2018, que ocuparão dois pavilhões do centro de conferências Riocentro, no Rio de Janeiro. A expectativa em torno do evento deste ano é grande, especialmente porque o setor começa a desenhar um ambiente de retomada, a partir dos novos leilões que estão sendo realizados pelo governo. “Nossa indústria finalmente se encontra às portas de uma nova fase de desenvolvimento. Esta é a Rio Oil & Gas do início da retomada“, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), José Firmo.
Outro tema que também deve ganhar atenção na feira é a abertura do mercado de gás. “Nosso potencial de gás pode gerar um combustível a preço competitivo, que pode fomentar uma nova etapa de desenvolvimento da indústria brasileira“, acrescentou Firmo. Na programação desta segunda-feira (24), a partir das 14h, está previsto um painel sobre a reestruturação deste setor. O encontro vai abordar a abertura do segmento no Brasil e o ambiente de negócios para os novos e potenciais investidores.
O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, também esteve na cerimônia de abertura da Rio Oil & Gas e, semelhantemente aos colegas de mesa, reforçou a tese da necessidade de diversidade de empresas explorando o petróleo brasileiro. “Não podemos limitar o desenvolvimento do setor de óleo e gás do Brasil à capacidade de investimento da Petrobrás“, disse Oddone.
O tema eleições também foi citado, dada a incerteza da indústria em relação ao perfil do novo presidente que assumirá o Palácio do Planalto a partir de 2019. Para o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Félix, nada mudará, independente dos resultados das urnas. “Eu acredito que prevalecerá o bom senso. Acredito que isso [os avanços] será mantido. A Petrobrás está mais forte e o Brasil está atraindo investimentos de toda a parte. Teremos mais um leilão na sexta-feira (28) e o leilão da cessão onerosa, no ano que vem, que será um divisor de águas“, declarou.
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