EQUIPE ECONÔMICA DO CANDIDATO JAIR BOLSONARO RECEBE BEM A PROPOSTA DA ABDAN DE RETOMADA DO PROGRAMA NUCLEAR

Até o próximo domingo (30), é possível que o candidato Jair Bolsonaro deixe o hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera dos ferimentos causados pela facada que recebeu durante uma manifestação popular em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ele se recupera, mas sua equipe está trabalhando a todo pano. Esta manhã (26), em Brasília, a equipe econômica de Bolsonaro recebeu o caderno de sugestões que a ABDAN – Associação Brasileira de Desenvolvimento das Atividades Nucleares – preparou para ser entregue a todos os candidatos. São sugestões para a retomada do programa brasileiro de geração de energia nuclear, com foco na retomada das obras de Angra 3 e a expansão do programa calçado na construção de novas usinas no Brasil, em parceria com empresas privadas.

O caderno de sugestões, bastante detalhado, foi entregue por Celso Cunha, Presidente da ABDAN, que conversou com o Petronotícias: “Foi a receptividade que esperávamos. O trabalho foi muito bem recebido. Tivemos a oportunidade de detalhar as fases que o trabalho que as empresas que participam da ABDAN elaboraram em conjunto e eles puderam ver a seriedade com que trabalhamos. São ótimas sugestões de criação de milhares de empregos. É isso que o Brasil precisa e é isso que a equipe do candidato pretende fazer.”

O setor empresarial se movimenta para levar seus pleitos aos presidenciáveis. As medidas propostas incluem a conclusão de Angra 3, a construção de quatro novas usinas e a criação de um programa de Estado para o setor. Essas ideias não beneficiariam apenas o mercado nuclear, mas trariam também ganhos para todo o Brasil: “Cada usina dessa gera, no pico, até 9 mil empregos diretos. Olhando para a cadeia indireta, e multiplicando por aquele fator consagrado de 3,6, estamos falando de 36 mil empregos diretos e cerca de 140 mil indiretos. E isso apenas na área de geração”.

Apesar de todas as dificuldades, Celso Cunha afirma que é plenamente possível a construção das quatro novas usinas propostas. “Com isso, podemos dar estabilidade ao sistema, com espaço para todas as fontes de energia. Há espaço para todo mundo na matriz energética. A nuclear traria muita credibilidade ao nosso sistema elétrico, porque tem um fator de capacidade de 90% – ou seja, durante 90% do tempo ela está gerando. No caso da energia solar, esse fator é de 20%. Mas, claro, nem por isso que a solar deixa de ser atrativa. Mas ela sozinha não resolve o problema do Brasil. Precisamos de energia de base”.