SCANIA E A CIDADE FRANCESA DE BORDÉUS COMEÇAM UM PROJETO-PILOTO PARA ABASTECER ÔNIBUS COM BIOETANOL DO VINHO
Um projeto experimental da Scania em Bordéus está sacudindo o mercado de energia na França: está em curso um projeto de produção de bioetanol feito a partir dos desperdícios da cultura do vinho e produzir biocombustível para abastecer os ônibus. É ônibus movido a vinho. O mosto, o resíduo resultante do processo de produção de vinho, está sendo aproveitado para gerar energia . É chamado ED945, e sendo aplicado como alternativa ao Diesel. A experiência é na cidade Bordéus, terra vinícola, sendo aplicado pela Scania no seu modelo Interlink LD e pelo operador Citram Aquitaine. O ônibus circula na Rota 201 entre Bordéus e Blaye.
O produtor de bioetanol Raisinor France Alcools reuniu as cooperativas de vinhos francesas, bem como a Union Coopératives Vinicoles d’Aquitaine (UCVA), produzindo 100.000 toneladas de bagaço de uva por ano em Coutras, em Gironde, na região vinícola de Bordéus. O potencial de produção forneceria mil veículos localmente. O principal obstáculo ao uso de ED95 é o fato de não ser uma solução barata. Com efeito, um veículo que opere com ED95 consome mais por ser cerca de 50% menos energético do que o gasóleo e ser mais dispendioso do que o Diesel. Ainda assim, os promotores do projeto-piloto não consideram necessariamente que essa variável negativa possa afastar a hipótese do ED95 ser usado.
A Citram Aquitaine segue Reavaliando a frota de veículos, investindo em energias alternativas E isso só pode ser feito com o apoio da região. O bioetanol e o gás permitem desenvolver um mix energético adequado à região. Jérôme Budua, diretor da Raisinor France Alcools, considera que “A comparação bioetanol/Diesel é irrefutável, com 85% menos de emissões de carbono, 50% menos de óxidos de azoto e 70% menos de partículas. Na nossa rede, por exemplo, alguns lugares remotos não têm e provavelmente nunca terão um posto de gasolina com gás. Eles poderiam facilmente acomodar essa energia produzida localmente e ecologicamente relevante”.
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