OMNI PREVÊ EXPANSÃO DE NÚMERO DE HELICÓPTEROS E ACRESCENTARÁ AVIÃO À SUA FROTA NO FINAL DO ANO
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
No início de retomada pelo qual o setor de óleo e gás passa atualmente, muitas empresas começam a desenhar as perspectivas de crescimento de volume de negócios. A Omni, companhia do segmento de táxi aéreo, já percebe algum aumento nas atividades do mercado petrolífero. Por isso, já vislumbra a expansão de sua frota para atender a demanda que virá nos próximos anos. “Realmente, esperamos crescer nossa frota nos próximos dois ou três anos. Para 2019, vemos uma atividade sísmica sendo contratada e requisitada. Em 2020, teremos alguma atividade de exploração e produção também sendo puxada pelas novas empresas que entraram no mercado”, afirmou o CEO da Omni, Roberto Coimbra. O executivo revela ainda que outro projeto da companhia é a inclusão de um avião em sua frota, até o final do ano, com o foco no atendimento ao setor de óleo e gás. Coimbra detalha também os processos de licitação onde a empresa está disputando contratos e fala dos planos em relação a drones e aeronaves não tripuladas.
Quais são os principais contratos em andamento?
Hoje, nossos projetos principais em termos de número de contratos, são com a Petrobrás, que é nosso maior cliente. Temos uma carteira de praticamente 30 contratos com a empresa. A seguir, temos também outras operadoras, como a PetroRio, a Total e a Dommo; e também para empresas de barcos, como a Modec. Atendemos também no chamado mercado spot, que são para aquelas empresas com menor demanda de voos e contratam, basicamente, voo a voo. Temos bastante trabalho nessa área, que tem crescido bastante. E, finalmente, temos a parte de sísmica. Trabalhamos com a PGS, SGG e, eventualmente, fazendo trabalhos com outras sísmicas menores.
Qual é a frota atual da Omni?
Temos 44 helicópteros. Todos com o foco no offshore, equipados com computadores e devices obrigatórios para voar sobre águas. Temos também alguns helicópteros que atendem a parte aeromédica, inclusive a aeromédica offshore. E agora temos também outro caminho, que é a parte de cargas. Temos dois helicópteros trabalhando nisso na Amazônia.
Existe perspectiva de crescimento dessa frota?
Sim, estamos bem esperançosos. Colocamos isso no nosso plano de desenvolvimento. Realmente, esperamos crescer nossa frota nos próximos dois ou três anos. Para o próximo ano, vemos uma atividade sísmica sendo contratada e requisitada. Em 2020, teremos alguma atividade de exploração e produção também sendo puxada pelas novas empresas que entraram no mercado. Então, estamos vendo que nossa frota deve, realmente, crescer nesse período.
Em quais licitações da Petrobrás a Omni participa nesse momento?
Nós participamos de uma licitação que a Petrobrás está finalizando, no qual a empresa conquistou doze contratos. Foi a companhia que mais ganhou. Ao todo, foram 23 sendo licitados. Estamos também participando de outro processo, que ainda não teve a entrega de preços. Esta licitação é para a renovação da frota de médio porte, onde estão envolvidas 24 a 25 aeronaves.
E quanto as negociações com as demais empresas?
Estamos também negociando com algumas empresas que estão pedindo preço. Mas ainda não há nada de concreto. É uma tomada de preço.
Qual a perspectiva da Omni com a retomada de negócios no setor de óleo e gás?
Estamos bem confiantes. Já tivemos um pequeno ramp-up nas atividades, mas ainda muito suave. Esse crescimento começará a subir, sobretudo, a partir do último quarto do próximo ano. Estamos apostando e nos preparando para o crescimento de demanda, que virá em breve.
E qual será a estratégia de crescimento da Omni?
Nesse processo que aconteceu ao longo dos últimos anos – redução de preço do petróleo, diminuição da atividade da Petrobrás e a Lava-Jato – as empresas foram obrigadas a se reestruturem em custo. Nós fizemos esse mesmo trabalho. Nossa atividade foi bem otimizada, negociamos bem com os fornecedores. Temos uma equipe adequada à nossa operação. E buscamos também melhores taxas de financiamento de aeronaves. É algo que nos permite oferecer um custo mais agressivo para poder competir nesse mercado, que é bem competitivo.
Estamos procurando integrar, cada vez mais, os serviços. É uma tendência da indústria. Um dos nossos projetos é um avião, que estamos trazendo com o foco de até atender esse mercado de óleo e gás, fazendo um link com as bases operacionais mais distantes.
E também temos a atividade de drones, que achamos que é um ramo que está crescendo muito e crescerá ainda mais. Queremos estar na vanguarda desse processo. Em alguns anos, devemos ter aeronaves de grande porte não tripuladas. É uma questão de processo. É um caminho futuro. Por isso, estamos entrando na área de drone, com unidades menores, mas olhando para esse horizonte de aeronaves não tripuladas. Fizemos alguns trabalhos para Total e Marinha e Temos outros projetos sendo solicitados.
Em relação ao projeto da aeronave, poderia detalhar um pouco mais?
O avião terá capacidade de 50 lugares. Essa ideia começou há algum tempo, quando uma empresa queria fazer uma operação no Oiapoque (AP). Essa companhia tinha dificuldade de colocar seus passageiros naquele município. Então, começamos a pensar em ajudar nessa operação. Os segmentos mais longos e distantes precisam ser feitos por avião. Pensamos em integrar essa capacidade de transportar por avião até uma base de operação para, em seguida, entrar no helicóptero e partir para a plataforma. Esse avião passará a fazer parte da nossa frota no final do ano.
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