FIRJAN REGISTRA AUMENTO DE EXPORTAÇÕES DE 24 % NA ECONOMIA FLUMINENSE. PETRÓLEO TEVE PAPEL PREPONDERANTE
Mesmo debaixo de uma crise sem precedentes no país, a Firjan divulgou hoje (10) um dado surpreendente: O Rio de Janeiro aumentou em 24% (US$ 19,1 bilhões) suas exportações e em 125% as importações (US$ 16,7 bilhões), em agosto, registrando saldo comercial positivo de US$ 2,4 bilhões. Com isso, a participação do estado no comércio exterior do país cresceu 13%, sendo o segundo com fluxo internacional mais expressivo, atrás apenas de São Paulo. Este levantamento é do Boletim Rio Exporta, elaborado pela federação. Claudia Teixeira, especialista em Comércio Exterior da Área Internacional da Firjan, disse que “O superávit do período só não foi maior devido ao saldo comercial deficitário no mês de agosto, o equivalente a US$ 1,6 bilhão”.
Ainda segundo o estudo, no acumulado anual, o incremento de vendas foi ocasionado especialmente pela receita de produtos básicos, sobretudo da indústria de petróleo e gás natural. Houve avanço também de 23% nas exportações de bens industrializados, puxadas principalmente pelas vendas de manufaturados, com destaque para saídas de embarcações e estruturas flutuantes e turbinas, motores e peças para aviação. No lado dos produtos semimanufaturados, houve aumento por conta do setor metalúrgico, que cresceu 17%, comparado ao mesmo período de 2017, e representa 96% das importações dessa categoria.
As importações do estado do Rio avançaram 125% no período de janeiro a agosto. O valor de US$ 16,7 bilhões ultrapassou o total importado pelo estado no ano de 2017, com montante recorde de bens industriais comprados. Segundo Claudia, o crescimento ocorreu em todos os segmentos, com destaque para as aquisições de bens de capital (+970%), especialmente de embarcações e estruturas flutuantes nos meses de julho e agosto: “Provavelmente, esse movimento se deve às mudanças no regime do Repetro, que estendeu os benefícios para importação definitiva desses bens e de novas embarcações”. O Boletim informa ainda que as compras de bens intermediários e de matéria-prima registraram aumento de 23% no acumulado anual (US$ 4,4 bilhões), com destaque para produtos químicos (US$ 1,2 bilhão) e metalurgia (US$ 972 milhões).
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