CUSTO ALTO DO COMBUSTÍVEL DE AVIAÇÃO NO RIO DE JANEIRO FAZ EMPRESAS AÉREAS ABASTECER EM OUTROS ESTADOS
As empresas aéreas cortam um dobrado para abastecer suas aeronaves no Rio de Janeiro. Se puderem, elas optam por abastecer os aviões em outros Estados evitando um gasto desnecessário para suas operações. O querosene de aviação (QAV) disponível para abastecer o Aeroporto Internacional Tom Jobim (RIOgaleão), no Rio de Janeiro, é um dos mais caros do Brasil, com o litro custando, em média, US$ 1,30 em voos domésticos, segundo o Panorama 2017 da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), conjunto de dados e análises da aviação comercial brasileira.
Para se ter uma ideia da diferença de custos do QAV no Brasil e no mercado externo, o combustível custa US$ 1,02 no aeroporto internacional Heathrow, de Londres (Reino Unido), um dos mais movimentados do mundo e que registrou, em 2017, um fluxo de 77 milhões de passageiros. O valor cobrado no Galeão é 27% mais elevado, conforme levantamento da ABEAR. Eduardo Sanovicz, Presidente da Abear, diz que: “É importante ressaltar que há uma diferença muito grande entre essas comparações: o Brasil é o único país que tem cobrança de um imposto regional, no nosso caso o ICMS, sobre o querosene de aviação, cuja alíquota varia de 12% a 25%, dependendo do estado. Isso encarece a operação de voos domésticos de forma significativa”.
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