AMBIENTALISTAS DA EUROPA SE REÚNEM EM MUNIQUE PARA EXIGIR VOLTA DA ENERGIA NUCLEAR NA ALEMANHA

A festa foi bonita. A cidade de Munique, na Alemanha,  sediou um novo evento pró-clima. Desta vez, foi para defender a energia nuclear, em um país, o maior emissor de gases do efeito estufa na Europa, que, no entanto, renunciou ao uso dessa tecnologia de baixo carbono, reconhecida por especialistas ambientais. A Coalizão do  Orgulho Nuclear, que reúne grupos ambientalistas atômicos de todo o mundo, marcou uma reunião para um projeto conjunto: defender o uso da energia nuclear na luta contra ela e o preconceito de usa-la. Um protesto contra as alterações climáticas. Que lugar melhor do que a Alemanha, o país que melhor ilustra a contradição entre a oposição à energia nuclear e a luta contra as alterações climáticas? Mesmo quando o país emerge da energia nuclear até 2023, ele ainda usa 40% de carvão para produzir sua eletricidade.

O principal organizador do evento Nuclear Pride Fest foi o ecologista Mike Shellenberger, presidente da Environmental Progress Association. O nome “Orgulho Nuclear” é emprestado do “Orgulho Gay”, explica o que aparece na lista de “Heróis do meio ambiente” da revista Time. Com esse nome, ele disse que “quer deixar claro até que ponto o compromisso público com a energia nuclear é hoje um assunto tabu e socialmente estigmatizado. ” Os ambientalistas  foram capazes de compartilhar com os habitantes de Munique, que  tornou-se “capital verde da Alemanha” do desde o  início do partido verde, que  tem 42,5% dos votos na Alemanha. Assim, 200 voluntários, da Holanda, Taiwan, Polônia, Eslováquia, Rússia, entre outros, se reuniram para ficar juntos,  montaram barracas e fizeram várias atividades para os moradores de Munique na Marienplatz, a praça mais movimentada da cidade.

Longe dos tradicionalistas “verdes”, os voluntários do “Nuclear Pride Fest” não se comprometeram a não ser por algo: colocado de volta na frente da energia nuclear no mercado de energia alemã. Eles conseguiram transmitir sua mensagem para a população através de estandes onde eram oferecidos questionários. As famílias estavam no ponto de encontro e puderam discutir questões relacionadas à energia nuclear.