ABDAN E OUTRAS ENTIDADES LIGADAS AO SETOR NUCLEAR PREPARAM PROPOSTAS PARA O NOVO GOVERNO
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
O ano de 2018 se aproxima do seu fim. Foi um período intenso para o Brasil em diversos aspectos. No campo da economia, muitos setores tiveram boas notícias, sinalizando uma retomada de um ambiente de negócios mais aquecido. Para o mercado nuclear, por exemplo, a definição da nova tarifa de Angra 3 deu ânimo para o segmento, já que a retomada das obras da usina começou a se tornar viável. Nesse clima de balanço de fim de ano e projetando as ações para futuro, a Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) promoverá na segunda-feira (26), no Clube Naval, no Rio de Janeiro, a cerimônia do Prêmio de Reconhecimento Nuclear 2018. É uma oportunidade de prestigiar as principais personalidades do setor que desenvolveram a indústria ao longo dos anos. Mas o evento também servirá de pano de fundo para que os membros do segmento discutam as perspectivas futuras. “É um momento não só de homenagens, mas também para continuarmos o processo de unirmos as pessoas e instituições, para cada vez mais trabalharmos juntos”, declarou o presidente da Abdan, Celso Cunha. Ao todo, serão quatro pessoas premiadas no encontro: o Almirante Humberto Moraes Ruivo; o pesquisador Rex Nazaré; o diplomata Marcel Biato; e o Coordenador Técnico do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), José Augusto Perrota.
O Petronotícias conversou com Celso Cunha para falar da importância dos premiados deste ano para o desenvolvimento do mercado nuclear. Na entrevista, o presidente da Abdan também citou as ações futuras previstas no horizonte estratégico da instituição. A associação, em conjunto com outras entidades, está preparando um novo documento que levará um conjunto de propostas do setor para o novo governo que assumirá o Palácio do Planalto em janeiro.
– Gostaria que o senhor começasse falando um pouco sobre os homenageados na edição 2018 do prêmio.
– Serão quatro premiados, semelhante à edição do ano passado. O primeiro deles é o Almirante Humberto Moraes Ruivo, que é o diretor da Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade. Ele representa a Marinha como um todo, que tem uma história muito próxima ao setor nuclear. O segundo homenageado é o Dr. Rex Nazaré, que é assessor do presidente da Eletronuclear. O terceiro é Marcel Biato, que é embaixador permanente na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Aliás, essa é uma novidade na edição do prêmio deste ano, ao reconhecer o trabalho de relações exteriores. O último homenageado é o José Augusto Perrota, que está tocando o projeto do RMB. É uma pessoa da área de tecnologia, com muitos anos de experiência.
– Qual a importância de se reunir as principais personalidades do setor nuclear neste momento pelo qual esta indústria passa?
– Esse evento busca trazer pessoas que, efetivamente, conduzem os projetos e todas as ações do setor nuclear. Serão 100 participantes, a maioria deles em cargos de direção ou presidência de instituições públicas ou privadas. É um momento não só de homenagens, mas também para continuarmos o processo de unirmos as pessoas e instituições, para cada vez mais trabalharmos juntos. Os presidentes e vice-presidentes das instituições e empresas estarão presentes e, por isso, será um evento de grande repercussão.
– E qual o balanço o senhor faz a respeito do ano de 2018?
Em 2017, tivemos um ano muito parado, com instituições muito separadas. Mas em 2018, observamos várias ações acontecendo simultaneamente. Não só apenas relativas ao submarino nuclear, mas também começou a ser apresentada uma solução para a usina de Angra 3. O Reator Multipropósito Brasileiro começou também a sair do papel. O submarino convencional irá ao mar agora em dezembro. A INB voltará, também em dezembro, com sua mina de Caetité (BA). E sem contar que a sétima cascata de ultracentrífugas foi inaugurada neste ano. Tivemos ainda a parceria do MEC com a Marinha para dar bolsas de estudo para o setor. Não podemos esquecer que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) começou a traçar um programa de política de Estado para o setor nuclear. Ou seja, o ano de 2018 representa que um novo olhar efetivo para o setor.
– E quais os desafios da Abdan a partir de agora? Que novas ações devem ser tomadas?
– Algumas ações antigas serão mantidas, como a World Nuclear University. E teremos algumas outras ações de intercâmbio internacional, com outras entidades semelhantes à nossa. Queremos aumentar o nível de interatividade da ABDAN. Nesse ano, colocamos muita força no Fórum das Associações do Setor Nuclear.
– Que novas ações o fórum prevê tomar no ano de 2019?
– O fórum é formado por 10 associações. Ele foi criado há pouco tempo, tivemos a nossa segunda reunião recentemente. A nossa ideia é fortalecer ainda mais o fórum, que está construindo um documento propositivo para o novo governo. Será semelhante à publicação que a ABDAN fez aos candidatos à Presidência da República. Vamos construir este novo documento, voltado para o novo governo e com propostas do setor nuclear como um todo.
CONHEÇA MAIS A RESPEITO DOS VENCEDORES DO PRÊMIO DE RECONHECIMENTO NUCLEAR 2018:
José Augusto Perrotta – Carioca, 65 anos, José Augusto Perrotta é formado em escolas públicas brasileiras, secundário e colegial no Colégio Pedro II; Engenheiro de Fortificações e Construções pelo IME/RJ; Mestre em Engenharia Nuclear pelo IME/RJ; e Doutor em Tecnologia Nuclear pelo IPEN/USP. Na área nuclear desde 1978, trabalhou inicialmente como engenheiro no Departamento de Combustível Nuclear de Furnas Centrais Elétricas S.A; em dezembro de 1982 entrou no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da Comissão Nacional de Energia Nuclear (IPEN/CNEN-SP) onde atuou desde então em diferentes cargos. Membro do Conselho Superior do IPEN, e atualmente é Coordenador Técnico do Empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) que dará autonomia brasileira no fornecimento de radiofármacos para a Medicina, e que se tornará no maior Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Nuclear do país, tendo como lema “Tecnologia Nuclear a Serviço da Vida”.
Rex Nazaré Alves – é Doutor em Física pela Universidade de Paris, Sorbonne – França, em 1968. Cursou Engenharia Nuclear no Instituto Militar de Engenharia (IME) em 1963, Bacharel e Licenciado em Física pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Estado da Guanabara em 1962 e 1963, respectivamente. Estagiou no Instituto de Física Nuclear do ETH de Zurich em 1965 e concluiu a Escola Superior de Guerra em 1975.
Professor concursado do Instituto Militar de Engenharia (IME) de 1994 até 2013, Membro da Comissão Deliberativa da CNEN ate 2016 e Consultor Especial do Gabinete de Segurança Institucional da Presidencia da Republica — GSIPR ate 2014. Suas principais atividades acadêmicas foram exercidas na COPPE/UFRJ e no IME. Orientando diversas teses de Mestrado e Doutoramento. E Autor de diversos trabalhos publicados no Brasil e no exterior. Sua experiência profissional em pesquisas iniciou-se no Centro Brasileiro de Pesquisa Física (CBPF), em 1964, tendo sido, ao longo de 35 anos na CNEN, Estagiário; pesquisador Auxiliar; pesquisador Assistente; pesquisador associado e Chefe de pesquisa da Carreira técnico-científica da CNEN .
Marcel Biato – é diplomata de carreira. Ingressou no serviço diplomático em 1980, tendo servido nas embaixadas em Londres (1987-90) e Berlim (1990-94). Na Missão junto às Nações Unidas (1999-2003) atuou em temas jurídicos, em particular Direito do Mar e o Tribunal Penal Internacional.
Foi Encarregado de Negócios em Havana (2006-07).
Na chancelaria brasileira, atuou sobretudo em temas latino-americanos e militares, sendo responsável por temas Andinos e Amazônicos (1995-97).
Atuou como assistente do Assessor Internacional da Presidência da República (2003-10). Foi Embaixador do Brasil na Bolívia (2010-13), quando focou temas de cooperação antidrogas, integração energética e segurança fronteiriça.
Em 2016, tornou-se Representante Permanente do Brasil junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), à Organização do Tratado de Proibição de Testes Nucleares (CTBTO) e ao Grupo de Supridores Nucleares (NSG).
Humberto Moraes Ruivo – é Diretor da Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade Contra-Almirante da Reserva, Engenheiro Mecânico graduado pelo Instituto Militar de Engenharia e M.Sc. pela University of Southampton, UK. Anteriormente exerceu, dentre outros, os Cargos de Coordenador do Núcleo de Implantação da Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade, na Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha; Diretor do Instituto de Pesquisa da Marinha; Diretor Técnico de Enriquecimento Isotópico de Urânio e Diretor de Recursos Minerais, ambos nas Indústrias Nucleares do Brasil e Coordenador do Programa Técnico-Científico Nuclear do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Um alerta a nova gestão da empresa que esta por vir. Resta a nos agarrar na esperança e no bom senso de um novo ministro e de uma nova gestao e torcer por tempos melhores a frente de nossa querida empresa. Segue um relato do estamos vivenciando: A FARSA DA FARSA ACORDADA ENTRE O PRESIDENTE DAS INDUSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL,REI PINOQUIO, E A COMISSAO DE ENERGIA NUCLEAR – CNEN. As autoridades competentes, jornalistas, imprensa, entidades do setor nuclear e aos trabalhadores da casa: Em breve sera anunciado pelo Sr. Presidente, Reinaldo Gonzaga, que a INB retomará a mineração de urânio.… Read more »
Presidente JAIR BOLSONARO Parabéns pela escolha do Nobre Almirante de Esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, para nosso Ministro de Estado das Minas e Energia. Homem conhecedor profundo dos desafios a frente para salvar nosso Brasil, do desmonte e da entrega do nosso patrimônio por preço vil a esquemas internacionais. O Ministro, tem que mudar até as secretárias do seu Gabinete, pois o esquema mafioso de interesses, é grande. Vamos buscar construir um novo Brasil. MARCÍLIO NOVAES MAXXON Presidente da CONPETRO CONPETRO – Confederação Nacional do Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Energias Renováveis mmaxxon.comunidades.net