GUIA DE BOAS PRÁTICAS LANÇADO PELO IBP MOSTRA QUE A PREOCUPAÇÃO COM O COMPLIANCE CRESCEU MUITO NO BRASIL
As práticas de compliance estão cada vez mais presentes nas empresas de óleo e gás e a tendência é ampliar ainda mais áreas de governança e conformidade das companhias. A conclusão pode ser extraída depois da realização do evento que marcou o lançamento pelo IBP do “Guia de Boas Práticas em Integridade Corporativa para o Setor de O&G”, elaborado pela Comissão de Compliance da instituição, com participação das principais empresas do setor no país, em parceria com o Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU). segundo o secretário-geral do IBP, Milton Costa Filho, “a indústria de óleo e gás está na dianteira em compliance no mundo. É um exemplo inclusive no Brasil, onde o tema avançou muito nos últimos anos”.
O ministro da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, disse que o governo conta com “o reforço dos instrumentos de controle e integridade das empresas no combate à corrupção”. Rosário ressaltou ainda a importância dos acordos de colaboração e leniência para identificar atos criminosos e puni-los. Rafael Mendes Gomes( foto a direita), diretor-executivo de Governança e Conformidade da Petrobrás, falou sobre a experiência da companhia em ampliar e criar mecanismos de compliance e qualificar controles na gestão da empresa após a Operação Lava-Jato. Essa área conta hoje com 470 empregados da companhia, segundo ele, “O reforço do compliance e todo o trabalho de recuperação da Petrobrás não é um caminho fácil, mas é o caminho certo”. O executivo disse ainda que é também obrigação da Petrobrás o controle das práticas de integridade e conformidade de toda cadeia de fornecedores. O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava-Jato no Rio de Janeiro, destacou que os acordos de leniência e de colaboração permitem “isolar” os atos de corrupção, punir os envolvidos e manter as empresas em operação, preservando empregos e restringindo o impacto.
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