ESTATAL DE PETRÓLEO DA ÍNDIA QUE SOCORRE SONDA ADERNADA DA QUEIROZ GALVÃO EM ALTO MAR DIZ QUE ELA ESTÁ SENDO ESTABILIZADA
Após dias de silêncio sobre o caso, a Oil and Natural Gas Corporation (ONGC), estatal de petróleo da Índia, veio a público nesta sexta-feira (21) trazer informações sobre a sonda Olinda Star, que sofreu um adernamento após a passagem da tempestade Phethai pela costa do país. A empresa informou que a embarcação está sendo trazida de volta à estabilidade, numa operação que contou com o apoio da Marinha indiana.
A informação e novas imagens sobre a situação da sonda foram publicadas na conta oficial da ONGC no Twitter. A empresa escreveu que todos os recursos, incluindo especialistas, foram mobilizados na operação de recuperação da embarcação. A Marinha da Índia também usou as redes sociais para detalhar um pouco sua participação nos trabalhos, informando que disponibilizou um helicóptero e uma embarcação de apoio.
Em reportagem publicada ontem pelo Petronotícias, engenheiros afirmaram que uma das possíveis causas para o adernamento da plataforma poderia ter sido o dano nos tanques de lastros. “No caso específico da sonda Olinda Star, que sofreu a ação de uma tempestade de grande intensidade e que se encontra sem equipe de operação a bordo (retirada por questões de segurança) é possível que tenham ocorrido avarias ou alagamento dos tanques, resultando na grande inclinação observada”, avaliou o coordenador executivo do LabOceano/UFRJ, Paulo de Tarso.
A Olinda Star é uma plataforma de perfuração semi-submersível em águas profundas que foi originalmente construída em 1983. A unidade sofreu uma atualização, concluída em agosto de 2009. A plataforma é capaz de perfurar em profundidades de até 1097 metros e tem uma profundidade de perfuração de cerca de 7500 metros. A unidade pertence à Queiroz Galvão e está afretada atualmente para a ONGC.
O caso chamou a atenção porque se parece com um episódio acontecido no Brasil. Para lembrar, houve um acidente com a Plataforma P-36, da Petrobrás, que ficou semi submersa em março de 2001, na Bacia de Campos. Na época, ela custou US$ 350 milhões. O incidente aconteceu na madrugada do dia 15 de março de 2001, quando ocorreram três explosões em uma das colunas da plataforma. A primeira às 0h22m e a segunda às 0h39m. Cerca de 170 pessoas estavam no local no momento do acidente. Onze morreram, todas integrantes da equipe de emergência da plataforma. Depois das explosões, a plataforma inclinou-se em 16 graus, devido ao bombeamento de água do mar para o seu interior, o suficiente para permitir alagamento, que levou ao seu naufrágio. Tentativas de resgate e aprumo foram feitas, injetando-se nitrogênio e ar comprimido nos tanques, para remover a água acumulada, porém sem sucesso, abandonaram a plataforma.
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