CRISE NO SETOR SIDERÚRGICO DA EUROPA É MOTIVO PARA PROLONGAMENTO DE RESTRIÇÕES DA IMPORTAÇÃO DO AÇO BRASILEIRO
Uma notícia nada agradável para a indústria siderúrgica brasileira. Nesta quarta-feira(16) a Comissão Europeia aprovou, um pacote de barreiras às importações de derivados do aço que atinge diretamente o Brasil. Foi uma votação unânime e a união europeia(EU) decidiu estender por mais dois anos e meio salvaguardas para proteger a produção do bloco, que já estava em vigor desde o ano passado, depois que a imposição de tarifas pelos Estados Unidos inundou de mercadoria o mercado internacional. A medida fixa cotas para 28 categorias de artigos, como laminados, tubos e materiais para rodovias. O Brasil está sujeito a sete delas –em três (laminados a frio, folhas metálicas e perfis). há tetos específicos. As outras quatro disputarão uma fatia do montante definido. Em comunicado à Organização Mundial do Comércio, a Comissão Europeia falou sobre sua prolongar as barreiras à entrada de produtos estrangeiros ao menos até junho de 2021. Em 2018, o Brasil exportou 2,1 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos para a União Europeia, 15% do total enviado para fora do país. Quase 57% desse volume é de artigos semiacabados.
A indústria siderúrgica do bloco europeu ainda não se recuperou crise do setor. O excesso de produtos de fora fragiliza o restabelecimento da atividade no perímetro europeu. Entre o segundo semestre de 2017 e o primeiro de 2018, as compras dos principais derivados do aço pularam de 14,5 milhões de toneladas para 17,4 milhões de toneladas, coincidindo com o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, em março de 2018, de que iria impor taxas a artigos siderúrgicos estrangeiros. Em um intervalo maior, de 2013 a 2017, a participação das importações no mercado europeu passou de 12,4% a 17,8%, de acordo com o mesmo estudo da comissão. O Brasil pretende continuar as negociações com autoridades europeias para tentar eliminar ou ao menos atenuar algumas dessas barreiras.
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