USINEIROS DE CANA DE AÇÚCAR ESPERAM DECISÃO DO MINISTÉRIO PARA VOLTAR A GERAR ENERGIA
Na expectativa de um decreto do Ministério de Minas e Energia, gestores de usinas de cana-de-açúcar esperam para ofertar mais eletricidade produzida da matéria-prima do etanol. Esse decreto vai liberar a comercialização do potencial do excedente da chamada garantia física. Atualmente, esse excedente vendido é liquidado no mercado de curto prazo na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Essa liquidação está emperrada devido a inadimplência de R$ 7 bilhões provocada por conta de liminares contra despesas oriundas do risco hidrológico. Diante a situação, as térmicas a biomassa não recebem pelo adicional vendido. O valor de crédito acumulado a receber pelas unidades sucroenergéticas chegava a R$ 400 milhões em novembro de 2017, conforme estimativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Para tentar a liberação do decreto, representantes de cogeradores prometem tratar do assunto ainda neste mês para uma solução. O presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte disse que “Dessa forma, as empresas teriam tempo para se preparar para a safra da cana-de-açúcar, que ocorre de abril a novembro, que coincide com o período seco, de baixa do nível dos reservatórios hidrelétricos do país”. O esperado decreto chegou a ser anunciado em agosto passado durante a feira do setor Fenasucro & Agrocana, por um representante do Ministério de Minas e Energia. Na oportunidade, o prometido decreto previa a liberação de 20% acima da garantia física de cada térmica para comercialização no mercado, mas ainda não saiu.
Deixe seu comentário