AMBIENTALISTAS PORTUGUESES E ESPANHÓIS SE UNEM CONTRA A EXPLORAÇÃO DE URÂNIO EM SALAMANCA
Depois do anúncio do projeto ‘Salamanca’, da empresa australiana Berkeley, que prevê um investimento de 250 milhões de euros e a criação de perto de 2.500 postos de trabalho para explorar o mineral na Espanha, cerca de 200 ambientalistas portugueses e espanhóis formaram um cordão humano que uniu a fronteira entre os dois países, na barragem de Saucelle, zona com Freixo de Espada à Cinta, e pediram um “não definitivo” aos projetos de exploração de urânio a céu aberto na região de Salamanca, um deles em Retortillo, a 70 quilômetros de Portugal. No último ano, foi cancelado o projeto para La Alameda de Gárdon e foram dados sinais de que poderia não avançar, mas não é certo, disseram os manifestantes.
Uma das consequências apontadas pelos ambientalistas é a contaminação do rio D’ouro, comum aos dois lados: “O rio Yeltes, que passa junto a um destes projetos, é um dos afluentes do rio D’ouro. Por isso, toda a contaminação radioativa chegaria lá com muita facilidade”, disse Nuno Sequeira, do movimentos Quercus. Ele diz ser necessário que “os dois governos se entendam para parar estes projetos nefastos”. José Ramón Barrueco, porta-voz da plataforma Stop Uranio, disse que “Em 2019 não tem sentido a exploração de uma mina de urânio quando a energia nuclear está a esgotar-se e o futuro são as energias renováveis”.
Deixe seu comentário