MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA REAGE A PUBLICAÇÃO DE INFORMAÇÕES DETURPADAS SOBRE A RETOMADA DE ANGRA 3
As críticas que a retomada das obras de Angra 3 vem recebendo de determinados setores parecem obedecer a um lobby que ainda não mostrou seu rosto, usam jornais e jornalistas sem um completo conhecimento das informações ou que, na boa fé, são levados a acreditar em informações repassadas distorcidamente, como parece ter sido o caso da coluna da jornalista Miriam Leitão, publicada no jornal O Globo de domingo (20). Hoje (22), o Ministério de Minas e Energia (MME) distribuiu uma nota esclarecendo todas as imprecisões da reportagem publicada, principalmente em relação à informação de que haveria ônus para o consumidor no caso de eventual elevação do preço da energia gerada pela usina. A nota diz que isso “ só poderia decorrer de uma análise superficial, que ignora a complexidade do sistema elétrico brasileiro”. Veja o teor completo da nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia:
“Comparar diversas fontes, somente com base em custos, é uma visão parcial, pois não leva em consideração as características de cada uma delas. A nota (da jornalista) também não considera a necessidade de se dispor de uma variedade de fontes de geração, especialmente as que produzem energia na base do sistema – como é o caso das usinas nucleares, que operam com disponibilidade de quase 100% –, para garantir a estabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN).
É preciso considerar também que, nos últimos anos, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem sido obrigado a despachar, de forma contínua, usinas térmicas a diesel com tarifas acima de R$ 700/MWh, valor muito superior aos R$ 480/MWh aprovados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para Angra 3.
Além disso, ao fazer a comparação, ignora que as termelétricas movidas a combustíveis fósseis são poluentes e geram gases que contribuem para o aquecimento global, ao contrário das nucleares. Outro ponto relevante é que a instalação de uma usina nuclear tem forte impacto na geração de empregos e de renda, não apenas na região onde a usina está instalada.
Para o setor nuclear, a conclusão de Angra 3 é importante, pois traz escala à toda a cadeia produtiva do setor, desde a produção de combustível à geração de energia. Isso se torna ainda mais relevante quando se leva em conta que o Brasil vai precisar investir em energia para o futuro, em função do aumento da demanda e do esgotamento do potencial hidrelétrico. Por fim, o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030) prevê a construção de quatro a oito usinas nucleares no País. Cenário que tende a ser confirmado pelo PNE 2050, publicação aguardada para breve.”
Miriam Leitão é uma despreparada em assuntos de energia. Ela gosta de falar do tema, pois dá status e ele vive de status. A toda hora ele propõe energia do vento ou solar, afirmando que é a solução para o país. Pobre Miriam … como ela está despeitada com a vitória do Bolsonaro, qualquer coisa serve para bater no governo dele. Miriam, fica com o sol e o vento e deixa a energia para quem entende.