GOVERNO ANUNCIA EDITAL DE ANGRA 3 PARA O MÊS DE JUNHO E SETOR PREVÊ EFEITOS POSITIVOS PARA O MERCADO NUCLEAR

A usina de Angra 3 está cada vez mais próxima de ser retomada. O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que o lançamento do edital para escolha do parceiro privado, que irá ajudar a concluir a obra, será lançado em junho. A informação consta em um documento do MME com as ações previstas para os setores elétrico, mineral e de óleo e gás. A pasta trabalha com a data de 2026 para entrada em operação comercial da planta e considera o empreendimento como relevante e benéfico para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Em poucos dias desde que o novo governo assumiu, o setor nuclear vem recebendo boas notícias. Para o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares, Celso Cunha, o anúncio do lançamento do edital de Angra 3 é muito importante para o segmento. “O ministro Bento Albuquerque, em poucos dias, está fazendo um grande trabalho. Essa notícia vai mexer positivamente com toda a cadeia do setor nuclear”, afirmou.

O próprio documento divulgado pelo ministério de Minas e Energia classifica Angra 3 como um dos três pilares da Política Nuclear Brasileira. Daí a importância de lançar o edital para escolher o parceiro privado que irá contribuir para a conclusão do empreendimento. Grandes corporações internacionais já assinaram memorandos de entendimento com a Eletronuclear, operadora da usina, visando participar das obras. Entre elas, a chinesa CNNC, a francesa EDF, a russa Rosatom e a sul-coreana Kepco.

Nesta semana, o ministro Bento teve encontros com representantes de 22 associações do setor elétrico. Nas reuniões, ele destacou que os princípios que vão nortear as ações para atrair investimentos são: governança, com respeito às competências do formulador de políticas públicas (MME) e dos reguladores (ANP, ANEEL e ANM); estabilidade, com segurança jurídica e regulatória; e previsibilidade aos agentes do mercado. Ele acrescentou também vai buscar construir “um diálogo entre o Governo, empresariado e a sociedade de forma responsável, pragmática, harmoniosa e transparente”.