TRAGÉDIA DE BRUMADINHO PODE ELEVAR PREÇO DO AÇO A US$ 120 A TONELADA ATÉ AGOSTO
A tragédia de Brumadinho certamente é uma das maiores da história do nosso país. O número total de mortos vai chegar a quase 400 pessoas. É o equivalente a queda de três aviões Boeing 737 lotado de passageiros. As consequências para todas essas famílias não se limitam ao desaparecimento súbito das pessoas. As consequências que virão, ainda não se pode mensurar e nem se ter uma ideia do tamanho do sofrimento. Outras consequências aparecerão em breve na natureza da região, própria empresa, que ficará marcada na história, para as cidades, para o país. Até o mercado internacional de aços já sofre com aquele desastre. Os contratos futuros do minério de ferro na China, por exemplo, subiram para o maior nível em quase 17 meses.
A maior produtora de minério de ferro do mundo vai parar até 10% de sua produção para descomissionar mais 10 barragens. O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de Dalian fechou a US$ 87,42 por tonelada, alta de 5,6%. O desastre gerou incertezas para o mercado de minério de ferro na China, maior importador global da commodity, segundo operadores. A Vale é a principal fornecedora mundial de minério de ferro de baixo teor de alumínio, preferido pelas usinas siderúrgicas chinesas devido a seu baixo nível de impurezas, uma vez que a China está em meio a uma campanha contra a poluição. Levando em consideração a redução na produção da Vale, a empresa de análise de dados de aço e minério de ferro Tivlon Technologies, em Cingapura, projetou que os preços do minério de ferro devem atingir US$ 120 por tonelada em agosto.
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