LINHÃO MANAUS-BOA VISTA GANHA STATUS DE ESTRATÉGICO E GOVERNO QUER AVANÇAR EM SEU LICENCIAMENTO
Cumprindo uma das suas promessas de campanha, o governo Jair Bolsonaro quer dar celeridade aos projetos envolvendo grandes empreendimentos, facilitando o licenciamento ambiental. Nesta semana, o Conselho de Defesa Nacional (CDN) definiu o linhão Manaus – Boa Vista como “Alternativa Energética Estratégica para soberania e Defesa Nacional”. Assim, o projeto poderá avançar “independentemente de consulta às comunidades indígenas envolvidas ou à FUNAI”.
Como se sabe, Roraima é o único estado que não é atendido pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). A capital Boa Vista é abastecida pelo sistema de transmissão Brasil – Venezuela, mas o resto do estado recebe energia gerada por usinas térmicas movidas a óleo diesel. Com a crise no país vizinho, cresceu o temor pelo possível fim do fornecimento de energia. Entre o período entre 2017 e 2018, foram 13 desligamentos com cortes parciais que afetaram pelo menos 100 mil consumidores contra 118 desligamentos de todas as cargas de Boa Vista.
Para resolver o problema, o governo quer avançar no licenciamento ambiental para construção do Linhão Manaus Boa Vista. Com a nova classificação dada pelo CDN, o processo de licenciamento poderá ser acelerado em conjunto com os entendimentos construídos juntos aos indígenas Waimiri-Atroari. O empreendimento, com 715 km de extensão total, passa por 120 km de terras da tribo.
O esforço do governo é que o início das obras aconteça no 3º trimestre, com a entrada em operação com o linhão até dezembro de 2021.
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