OPEP NÃO VAI ALTERAR REGRAS EMBORA CRESCIMENTO DOS MERCADOS DA ÍNDIA, CHINA E ESTADOS UNIDOS FAÇAM PRESSÃO
A tendência é de que não haja mudanças na política de produção da Opep+ na próxima reunião no próximo mês, nos dia 17 e 18, em Viena. O ministro do petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih(FOTO), disse que seria cedo demais para mudar o que já estabelecido. Uma segunda reunião está prevista para os dias 25 e 26 de junho. Até lá, Al Falih acredita que China e Estados unidos continuarão como os maiores consumidores, mas se houver necessidade fará ajustes: “Veremos o que acontecerá em abril, se houver alguma ruptura imprevista em algum outro lugar. Se não houver, vamos deixando para uma outra reunião. Vamos ver onde o mercado está em junho e nos ajustar apropriadamente”.
O Emirados Árabes Unidos (EAU), membro da Opep, disse que continuará cumprindo suas obrigações de cortar a oferta sob o acordo de produtores. “Continuaremos cumprindo o compromisso da Opep e não-Opep de ajustes voluntários de produção até que o mercado global seja reequilibrado”. Esta declaração foi feita no disse no Twitter pelo ministro da Energia e Indústria Suhail al-Mazrouei. Em janeiro, a Opep+ iniciou novos cortes de produção para evitar um excesso de oferta que ameaçava pressionar os preços. O grupo concordou em reduzir a oferta em 1,2 milhão de barris por dia (bpd) por seis meses. Acredita-se que demanda global total por petróleo deverá crescer em torno de 1,5 milhão de barris diários este ano. A demanda chinesa está quebrando recordes mês após mês e estima-se que o país romperá 11 milhões de bpd este ano. Além da China e os Estados Unidos, a economia em expansão da Índia estava impulsionando o crescimento da demanda global por petróleo.
O objeto de discussão é o preço. Para manter nos EUA a produção na casa dos 12 a 13 milhões do barris é necessário que o barril atinga o valor médio entre US$ 65 a 70 dólares, que viabilizará economicamente a produção dos shale oil&gas, incluindo os ativos do Permiano, ou seja os não convencionais, tidos, havidos e decantados recentemente pelas Chevron e Exxon como prioridades de investimentos, com promessas de ganhos de escala e cash flows positivos, algo sempre desejado e ainda não atingido. Por outro lado é muito difícil o para consumidor americano, gastador por natureza, ter os… Read more »