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EM ENCONTRO EMPRESARIAL NO RIO, ABDAN SUGERE PRORROGAÇÃO DO PRAZO DO PLANO DECENAL DE ENERGIA

D2SpPfUWwAAhLRb.jpg largeA questão nuclear no Brasil foi tema de debate nesta sexta-feira (22) durante evento promovido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), em sua sede na capital fluminense. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, esteve no encontro empresarial e tratou do futuro da geração de energia nuclear no país. Um dos tópicos discutidos foi a ideia de aumentar o prazo de vigência do Plano Decenal de Energia (PDE) de 10 anos para 12 anos, sugerida pelo presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha.

Na visão da entidade, com o modelo atual, algumas fontes acabam ficando de fora do planejamento estratégico, como a nuclear e as usinas hidrelétricas de reservatórios de grande porte, porque são projetos que demoram mais de 10 anos para serem concluídos e não são contemplados pelo plano. Cunha acrescenta que, neste caso, as usinas nucleares são incluídas apenas em planos com um horizonte maior (visando o ano de 2050, por exemplo).

O board das empresas não levam esses planos de longo prazo em consideração e focam mais no plano decenal. Isso porque o Brasil tem um problema de credibilidade. O país faz planos e não os executa, ainda mais os de médio e longo prazo. Então, as companhias levam mais em conta os decenais, e estes deixam de fora a fonte nuclear e hidrelétrica de grande porte”, alertou o presidente da Abdan.

A proposta foi apresentada ao ministro, que se comprometeu a analisar e avaliar a sugestão. Caso seja colocada em prática, Celso Cunha acredita que as usinas nucleares passarão a ser consideradas também dentro dos planos decenais de energia, favorecendo o desenvolvimento de novas plantas. Também estiveram no encontro lideranças de outras associações do setor energético e também o presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães.

Ainda durante o evento, a Firjan entregou ao ministro de Minas e Energia uma Nota Técnica intitulada “Impacto da conclusão de Angra 3 para a segurança energética e o desenvolvimento do Rio de Janeiro e do Brasil”. No documento, a federação defende os impactos positivos da conclusão das obras para o estado do Rio e o país. Na visão da entidade, algumas medidas são necessárias para a retomada do empreendimento, como qualificar a usina no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal; desenhar um arcabouço regulatório próprio para geração nuclear, reduzindo a insegurança jurídica; e adotar mecanismos e compliance e transparência, mitigando os riscos de nova paralisação do projeto.

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