APAGÃO NA VENEZUELA HÁ QUASE 24 HORAS DEIXA O PAÍS EM SITUAÇÃO MAIS DRAMÁTICA E COM AS MESMAS DESCULPAS DE MADURO
Uma agonia que não parece ter fim, embora a perspectiva é de que ele esteja perto. É assim que vive o dia a dia a população da Venezuela, comandada por um ditador insensível ao drama que a população vivencia. Desde ontem ( 25) o país está mais da metade às escuras, sofrendo com um novo apagão. Bancos, escolas, empresas, hospitais, internet, metrô, lojas, postos de gasolina, supermercados, nada funciona no país. As ruas, sem sinalização, grupos saqueando lojas, roubando residências, quadrilhas atacando transeuntes. Após este novo apagão que se estende até a tarde desta terça (26), o regime de Nicolás Maduro decidiu suspender as aulas e o dia de trabalho no país. É a segunda grande falha geral no fornecimento de energia atinge a Venezuela em menos de um mês. A péssima manutenção nas linhas de transmissão e na hidrelétrica de Guri, sem peças para reposição, agrava ainda mais o problema.
O país vive um verdadeiro drama. 21 dos 23 Estados estão sem energia elétrica. O regime de Maduro diz que o apagão foi gerado por dois ataques, um deles cibernético, durante a tarde, e outro, eletromagnético, que teria gerado um incêndio em uma central pouco antes das 22h. O ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, afirmou que os ataques atingiram o centro de armazenamento e transmissão em Guri (estado de Bolívar, no sul). A vice-presidente Delcy Rodríguez responsabilizou diretamente Mike Pompeo, secretário americano de Estado, John Bolton, assessor de segurança da administração de Donald Trump e o senador republicano Marco Rubio.
Para o líder opositor Juan Guaidó autodeclarado presidente da Venezuela, o corte ocorreu por uma sobrecarga no sistema de subestações: “Mentem para não assumir sua responsabilidade. Estão pondo em risco o pouco que resta em pé da infraestrutura elétrica. Esta situação já está demais porque afeta as carnes, os frangos, tudo que é comida se estraga, é perda total”. O país superou há alguns dias um apagão generalizado, que durou de 7 a 14 de março e complicou as comunicações, a distribuição de água e combustível e o fornecimento de alimentos. A situação levou o governo a suspender as jornadas de trabalho e as aulas por sete dias. A falta de energia também tem causado mortes em hospitais. A oposição atribui a crise da eletricidade ao abandono da infraestrutura e à corrupção. As quedas de luz são frequentes no país.
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