QUEDA NOS PREÇOS DO PETRÓLEO E PÉ NO FREIO DA ECONOMIA MUNDIAL IMPACTAM RESULTADO COMERCIAL DO RIO DE JANEIRO
A balança comercial do Rio de Janeiro nos dois primeiros meses do ano foi impactada pela queda no preço internacional do barril do petróleo, principal item da pauta exportadora fluminense, e também pela desaceleração da economia mundial. Esses são alguns fatores que podem ter influenciado o resultado acumulado em janeiro e fevereiro, quando o estado registrou saldo comercial negativo de US$ 245 milhões. É o que aponta a edição de março do Rio Exporta, boletim de comércio exterior elaborado pela Firjan. Em 2018, o estado atingiu recorde histórico da corrente comercial, que totalizou US$ 53,7 bilhões, obtendo superávit de US$ 5,7 bilhões. Neste início de 2019, até fevereiro, as exportações diminuíram 13%, ficando em US$ 3,8 bilhões, enquanto as importações aumentaram 4%, somando US$ 4 bilhões. Assim, o cenário foi deficitário, devido à diminuição de 26% nas vendas externas de petróleo. Entretanto, as exportações de outros produtos aumentaram 12%. O resultado gerou uma corrente de comércio 5% menor que o mesmo período do ano passado. Já a representatividade do estado no comércio exterior do Brasil correspondeu a 12%.
Flávia Cristina Lima Alves (foto), especialista em Comércio Exterior da Divisão Internacional da Firjan, destacou os setores com aumento nas exportações, como outros equipamentos de transporte (partes de motores e turbinas para aviação), coque e produtos derivados de petróleo, além de máquinas e equipamentos. Ela também afirma que o Nafta foi o parceiro mais relevante no período, por conta dos Estados Unidos, em consequência das vendas de US$ 725 milhões, 93% superiores aos valores do mesmo período de 2018. Singapura também se destacou como um dos principais destinos dos produtos fluminenses (US$ 93 milhões), exportando 60% a mais que no ano anterior.
Consultando os gráficos de variação do preço do baril(INVESTING.COM) de petróleo no início do ano não há variação que justifique esta afirmação de que “A balança comercial do Rio de Janeiro nos dois primeiros meses do ano foi impactada pela queda no preço internacional do barril do petróleo”