CONSTRUÇÃO DE NOVAS USINAS NUCLEARES NO BRASIL É TEMA DE DEBATE DURANTE A ATOMEXPO, NA RÚSSIA
O Brasil virou assunto durante a feira AtomExpo, que está sendo realizada nesta semana na Rússia. O presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha (foto), voltou a defender a conclusão de Angra 3 e também a construção de novas usinas nucleares, como forma de garantir o suprimento energético do país.
“Nosso alvo é que Angra 3 entre em operação até 2027. Nós acreditamos que serão necessárias mais seis novas plantas nucleares no país, porque temos problemas no Nordeste do Brasil, onde há muitas usinas solares e eólicas”, afirmou o presidente da Abdan. “Nós precisamos de mais energia de base”, concluiu.
A diretora-geral da World Nuclear Association (WNA), Agneta Rising, lembrou que a energia nuclear no Brasil responde por apenas 2% da matriz energética e disse que o país precisa “fazer mais”, já que possui uma vasta experiência no campo de geração nuclear e domínio no ciclo do combustível. Para lembrar, a WNA possui o programa Harmony, que defende o uso da energia nuclear em 25% da matriz energética mundial até 2050. Segundo estudos, se esta meta for alcançada, o resultado seria a geração de milhares de empregos, com um pico de 800 mil vagas diretas em todo o mundo.
O Fórum internacional AtomExpo 2019 está acontecendo na cidade de Sochi. Hoje (16) é o último dia do encontro internacional, cujo objetivo é debater o momento atual da indústria nuclear, suas tendências, além de apresentar novas tecnologias.
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