CHEVRON CONCLUIU A COMPRA DE PASADENA POR MENOS DA METADE DO PREÇO QUE A PETROBRÁS PAGOU PELA REFINARIA

A refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi definitivamente transferida para as mãos da Chevron. A companhia americana declarou que concluiu a transação com a Petrobrás por US$ 467 milhões, sendo US$ 350 milhões pelo valor das ações e US$ 117 milhões de capital de giro. Como se sabe, a refinaria está no centro de uma grande polêmica, já que a estatal brasileira pagou um total de US$ 1,2 bilhão pela planta, com evidente sobrepreço. Agora, a Petrobrás se desfaz do ativo por menos da metade do preço que desembolsou pela unidade.

Do lado da Chevron, a aquisição do ativo parece ter sido bem-vinda para os planos de negócios da companhia. “Esta aquisição baseia-se na força dos nossos negócios existentes na Costa do Golfo [dos EUA], nos permitindo fornecer mais do nosso mercado de varejo na região com produtos da Chevron e nos posiciona para conectividade com nossos ativos de upstream na Bacia do Permiano”, comentou o  vice-presidente executivo da Chevron para a Downstream & Chemicals, Mark Nelson. 

Já pelo lado da Petrobrás, a venda do ativo aparentemente encerra um controverso capítulo na história da estatal. Para lembrar, a refinaria de Pasadena teve 50% de seu controle comprado pela Petrobrás em 2006, por US$ 360 milhões. Esse montante já era muito superior aos US$ 42,5 milhões pagos pela belga Astra Oil, que era até então a única operadora do ativo. Em 2008, a Petrobrás e a Astra Oil se desentenderam e uma decisão judicial obrigou a estatal brasileira a comprar a outra metade que pertencia à empresa belga. Assim, a aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando cerca de US$ 1,2 bilhão. O ativo foi alvo de uma série de denúncias de corrupção investigadas pela operação Lava Jato.