CONSÓRCIO INTERNACIONAL QUER CONCLUIR OBRA DE UMA USINA NUCLEAR ABANDONADA NOS ESTADOS UNIDOS
Parece que nós já conhecemos essa história de perto: um consórcio que inclui empresas americanas e estrangeiras está interessado em comprar os dois reatores nucleares abandonados em Fairfield County e finalizar o projeto que prometia inaugurar uma nova onda de energia limpa no país. No mês passado, representantes do consórcio visitaram o local, a 70 quilômetros ao norte de Columbia, nos Estados Unidos, com líderes da empresa estatal Santee Cooper, dona do projeto. Não se sabe com certeza o nome das empresas que querem assumir a retomada das obras da usina, mas sabe-se que incluem empresas norte-americanas e sul-coreanas. Esse consórcio já teria construído 10 reatores em todo o mundo na última década e quer se tornar o principal construtor de reatores nos Estados Unidos. A Santee Cooper não colocaria mais dinheiro nos reatores parcialmente construídos, disse o senador Larry Grooms (foto à direita), que acompanha de perto as negociações. A Santee Cooper e sua parceira na época, S.C. Electric & Gas, gastaram US$ 9 bilhões antes de abandonar o projeto há quase dois anos.
Vários grupos com interesses comerciais já visitaram a usina nuclear inacabada nos últimos meses. Nesta segunda-feira (6), O comitê legal de Santee Cooper agendou uma reunião a portas fechadas em Pinopolis para esta segunda-feira (6). A agenda inclui a discussão de arranjos contratuais relativos aos dois reatores inacabados, em Jenkinsville. Alguns líderes do Estado de Columbia duvidam da oferta para comprar a usina, estimada em mais de US$ 20 bilhões para serem concluídos. O presidente da seção de finanças do Senado, Hugh Leatherman, um poderoso republicano que ajuda a conduzir grandes acordos de desenvolvimento econômico através do Legislativo, não se encontrou com representantes do consórcio e sabe pouco sobre seu interesse dessa aquisição. O líder da maioria no Senado, Shane Massey, disse que se encontrou brevemente com representantes do consórcio no mês passado, mas obteve poucos detalhes: “Eu não sei se eles são legítimos ou não. Há muitas perguntas.”
O porta-voz do governador Henry McMaster, Brian Symme, disse que “Qualquer proposta para comprar o site e reiniciar a construção é totalmente irrealista neste momento”. O presidente do Senado, Harvey Peeler, disse que também se encontrou brevemente com potenciais. O Senado já decidiu procurar um novo proprietário ou gerente para Santee Cooper, apesar do Senador Grooms, ter ser o maior defensor de não vender a empresa. No entanto, muitos legisladores querem vender a companhia que tem uma dívida de mais de US$ 7 bilhões, dos quais US$ 4 bilhões são provenientes do trabalho nuclear. Acusações nos últimos meses foram divulgadas sobre má administração e gastos excessivos na agência estatal. Mais de 90% dos equipamentos e suprimentos necessários para concluir o projeto estão no local.
O consórcio enfrentará um obstáculo que as empresas estrangeiras não podem receber uma licença nuclear, de acordo com as regulamentações federais. A Santee Cooper pode continuar a ser o acionista majoritário dos reatores, já que o consórcio com sua propriedade estrangeira não pode obter as licenças nucleares. O Senador Grooms defende que a Dominion, Southern Company ou a Duke Energy – a maior concessionária da Carolina do Sul – poderiam administrar as usinas, porque já possuem a licença nuclear americana.
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