IMPEDIMENTO DA EXPORTAÇÃO DO PETRÓLEO IRANIANO DESARRUMA O MERCADO NO ORIENTE MÉDIO
O Clima continua tenso no Oriente Médio, principalmente no mercado do petróleo, depois das sanções econômicas anunciadas pelos Estados Unidos a quem comprar petróleo iraniano. O Iraque tem planos de contingência para qualquer paralisação das importações de gás iraniano, embora acredite que essa interrupção não ocorra, disse o ministro do Petróleo, Thamer Ghadhban. Ele também disse que a próxima reunião do comitê de monitoramento ministerial da Opep na Arábia Saudita deve avaliar o comprometimento dos Estados membros com a atual redução da produção e que os atuais preços e mercados de petróleo estão estáveis. A Turquia, que recebia petróleo do Irã, quer aumentar a compra do petróleo iraquiano. Essa manifestação foi feita um dia depois que o primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdul Mahdi (foto), viajou à Turquia para se encontrar com o presidente Tayyip Erdogan.
O xadrez econômico na região é muito sensível. O Iraque, que ainda tem tropas americanas, depende muito das importações de gás iraniano para o fornecimento de eletricidade, que sofre com uma demanda maior do que o habitual durante os meses quentes do verão. A falta de eletricidade foi uma queixa dos manifestantes em protestos que acabaram em violência no centro de petróleo de Basra, no Iraque, no ano passado.
Por sua vez, o mundo deverá demandar muito pouco petróleo adicional da OPEP neste ano, embora a produção em alta nos Estados Unidos irá compensar a queda nas exportações do Irã e da Venezuela. A informação é Agência Internacional de Energia (AIE). Para a agência, a decisão de Washington sobre as sanções ajudaram a traçar um panorama confuso sobre a oferta. No entanto, diz o relatório, houve sinais claros, e na visão da AIE, bem-vindos, de outros produtores no sentido de que irão substituir a produção do Irã. Os países que compõem a OPEP produziram em abril cerca de 440 mil barris por dia (bpd), menos que o acertado no acordo de produção entre o grupo e aliados. A Arábia Saudita produziu 500 mil bpd abaixo de sua alocação: “ houve uma modesta compensação das preocupações com a oferta pelo lado da demanda”, uma vez que ela espera um crescimento na demanda global em 2019 de 1,3 milhão de bpd, ou 90 mil bpd abaixo do estimado anteriormente. Com isso, a demanda global por petróleo seria de em média 100,4 milhões de barris por dia em 2019, ultrapassando os 100 milhões de bpd pela primeira vez. Mas a agência acrescentou que uma produção maior fora da Opep, especialmente nos EUA no segundo trimestre, deverá manter o mercado bem abastecido.
Deixe seu comentário