SINDICATO DISCORDA DE DEMISSÕES NA REFINARIA ABREU E LIMA E ENTRA NA JUSTIÇA

Após a demissão em massa dos operários na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, sob alegação de justa causa por parte das empresas, o Sintepav-PE (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem) decidiu agora entrar com ação coletiva na Justiça para reverter os desligamentos.

Esta semana, centenas de empregados foram demitidos, por envolvimento em atos de vandalismo ou por não terem retornado ao trabalho mesmo após a decisão do TRT da 6ª Região. Embora ainda não haja uma quantidade oficial dos funcionários despedidos, o Sintepav-PE fala em cerca de 400 operários, que seriam dos consórcios Ipojuca (Queiroz Galvão e Iesa), Conest (Odebrecht e OAS) e Alusa/Barbosa Melo. A seu favor, o sindicato dos trabalhadores disse que alguns funcionários não poderiam ser desligados, pois fariam parte da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Um dos receios do Sintepav-PE é que os demitidos por justa causa não sejam mais contratados para outras obras da Petrobrás.

Sobre o assunto, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, reconheceu a gravidade da situação na Refinaria, mas disse que já está retornando à normalidade. Sobre o cronograma, evitou afirmar que a greve pode atrasar ainda mais a conclusão da refinaria, estimada em pelo menos US$20 bilhões. Após um adiamento de três anos, o primeiro refino está previsto para o fim de 2014. A Refinaria do Nordeste (Rnest) é uma das principais obras da estatal no momento.