GRANDES EMPRESAS, SOCIEDADE CIVIL E A ONU FAZEM UMA CHAMADA GLOBAL PARA REDUÇÃO DOS GASES DE EFEITO ESTUFA
Uma ampla coalizão de empresas, sociedade civil e líderes da ONU está fazendo uma chamada global para que o setor empresarial atue no sentido de contribuir de forma contundente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, limitando os impactos das mudanças do clima. No período que antecede a Cúpula do Clima do secretário-geral da ONU, que ocorrerá em 23 de setembro, em Nova York, os CEOs estão sendo desafiados a estabelecer metas ainda mais ambiciosas para suas empresas, alinhadas ao Relatório do Painel intergovernamental sobre mudanças climáticas (IPCC) que defende a limitação da elevação da temperatura global em 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. O apelo à ação vem na forma de uma carta aberta dirigida a líderes empresariais e assinada por Lise Kingo(foto principal), CEO e diretora-executiva do Pacto Global da ONU, uma das organizações que integram a Science Based Targets Initiative e por 20 líderes, incluindo a María Fernanda Espinosa Garcés, da Assembleia Geral da ONU, Patricia Espinosa, secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Jayathma Wickramanayake, enviado do secretário-geral da ONU para a Juventude, e Paul Polman, ex-CEO da Unilever.
O embaixador Luis Alfonso de Alba(foto a direita), enviado especial da ONU para a Cúpula do Clima de 2019 e um dos signatários da carta, disse que “Até 2020, precisamos de planos concretos e realistas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 45% durante a próxima década e zerar até 2050. As mudanças do clima requerem um esforço sem precedentes de todos os setores da sociedade e liderança empresarial demonstrada no estabelecimento de metas baseadas na ciência e relacionadas ao aumento de 1.5 °C. Esse tipo de atitude enviará fortes sinais de que estamos buscando identificar soluções escaláveis e replicáveis necessárias para garantir um mundo onde ninguém é deixado para trás.”
A oportunidade econômica apresentada pela adoção de uma ação climática ousada é significativa, com evidências sugerindo que essas empresas alinhadas à meta de 1,5 °C estarão em melhor posição para prosperar à medida que a economia global passa por uma transição para um futuro com zero emissão em 2050. “Temos menos de 11 anos para mudar fundamentalmente nossas economias ou iremos nos deparar com consequências catastróficas”, disse Lise Kingo. “Pela primeira vez estamos vendo líderes empresariais e climáticos unirem-se em torno de uma ação comum, enviando um poderoso sinal de que a definição de metas baseadas em ciência apresenta uma oportunidade significativa para as empresas avançarem no combate às mudanças do clima, limitando o aumento da temperatura da terra a 1,5 °C.”
Nessa busca pela redução dos níveis de poluição e a redução da temperatura, as energia renováveis tem ocupado um papel de destaque no cenário mundial. Há um claro crescimento na busca de energia eólica e solar, mas as nações que enfrentam os problemas mais graves de poluição, como Índia e China, escolheram desenvolver a energia de geração nuclear, considerada a mais limpa. As duas nações estão construindo simultaneamente mais de 30 usinas nucleares em substituição a geração de energia a base de carvão mineral. A World Nuclear Association -WNU – lidera o Programa Harmony, que busca a meta da energia nuclear responder 25% da matriz energética mundial.
Os líderes empresariais que comprometerem suas organizações aos objetivos relacionados ao aumento de 1,5 °C serão reconhecidos no Fórum do Setor Privado do Pacto Global da ONU, em Nova York, em 23 de setembro, que integra a programação da Cúpula do Clima. A Rede Brasil do Pacto Global criou o Action4Climate Brazil, um programa composto por projetos e ações nas frentes de mitigação, adaptação e meios de implementação – que se referem a finanças climáticas e engajamento em políticas públicas. Inclui atividades de identificação de cenários climáticos, avaliação de vulnerabilidades, sensibilização da cadeia de valor de seus membros e capacitações e eventos para subsidiar a rede, direcionando esforços para que as participantes estabeleçam compromissos públicos e metas baseadas na ciência. A Rede Brasileira é a terceira maior do mundo e conta com mais de 800 membros, entre empresas, organizações empresariais e governos. As mais de 30 iniciativas conduzidas no país abordam temas prioritários na agenda nacional, como Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Energia e Clima, Direitos Humanos e Trabalho e Anticorrupção.
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