RÚSSIA SEGUE A CHINA E QUER CONSTRUIR USINAS NUCLEARES EM VÁRIOS PAÍSES DA ÁFRICA
Kirill Komarov, o diretor de negócios globais da empresa estatal russa Rosatom, defendeu que a energia nuclear é a única solução de curto prazo que pode combater o déficit energético na África, oferecendo a ajuda de Moscou na construção de centrais nucleares em vários países do continente: “Não há energia suficiente, nem capacidade para a produzir, para abastecer o continente e o seu desejo de crescimento“, disse. Ele falou em discurso no Encontro Anual do Banco pan-africano Afreximbank, em Moscou. Segundo dados do Banco Mundial, seis em cada dez africanos não têm acesso a eletricidade e o continente produz tanta energia como Espanha, apesar de ter uma população 20 vezes superior. Nesse sentido, a Rússia considera que a aposta na energia nuclear pode ser uma solução para resolver o problema de modo rápido.
A primeira central nuclear em África (além da África do Sul, que tem projetos antigos) está a ser construída no Egito pela Rosatom: “Estamos construindo e compartilhando conhecimento para permitir ao país capacidade de gestão do equipamento. Ajudamos também no conhecimento acadêmico.” Moscou recebe esta semana os encontros anuais do Afreximbank, depois de a Rússia ter entrado no lote de acionistas do banco, em 2017, e num momento em que o Kremlin quer reforçar o comércio externo com África, um continente que tem assistido a uma presença crescente da China. Três semanas depois de ter entrado em vigor o acordo de livre-comércio continental, que inclui 24 países, o Afreximbank discute a diminuição das barreiras alfandegárias no contexto global e apela à abertura para combater o crescente nacionalismo.
Mais uma vez.. Vejo que ninguém aprendeu com catástrofes como a de chernobyl.. Lamentável!