BRASKEM TEM R$3,7 BILHÕES BLOQUEADOS PELA JUSTIÇA ALAGOANA POR PROBLEMAS AMBIENTAIS PELA EXTRAÇÃO DE SAL-GEMA
Quando a coisa está ruim, está ruim. Dias depois da Odebrecht pedir recuperação judicial por causa de uma dívida de quase R$ 100 Bilhões, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, Tutmés Airan, autorizou o bloqueio de R$ 3,7 bilhões das contas bancárias da Braskem, uma de suas empresas. A decisão atende a um pedido do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado para garantir eventuais indenizações à população afetada por problemas causados pela extração de sal-gema, matéria prima usada na cadeia de plásticos, em Alagoas. O processo de obtenção da matéria-prima pela Braskem afetou a estrutura geológica de bairros de Maceió, causando afundamento de terrenos e rachaduras em construções na cidade. De acordo com o desembargador, além do perigo de desabamento, ocorreu uma desvalorização completa dos imóveis da região.
A decisão não foi a primeira contra a Braskem no caso de Alagoas. Em abril, a Justiça estadual contingenciou R$ 100 milhões e impediu a distribuição de R$ 2,7 bilhões aos acionistas, mas este mês a petroquímica conseguiu reverter a decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que liberou a Braskem para fazer o pagamento dos dividendos a seus acionistas. A Braskem tem 35 minas em Maceió. Todas estão fechadas desde abril. A empresa não deverá voltar a retomar as atividades nessas minas. A Braskem está realizando estudos para avaliar se as rachaduras e afundamentos foram causados pela extração da matéria-prima na capital alagoana.
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