FERTILIZANTES VÃO RESPONDER POR 42% DOS INVESTIMENTOS DA PETROBRÁS EM GÁS E ENERGIA

A Petrobrás está realmente empenhada em entrar com força no mercado de fertilizantes brasileiro. É o que mostram os números envolvidos no plano de investimentos da companhia para 2012-2016, que destinará 42% dos aportes da área de Gás e Energia ao segmento.

A empresa tem uma série de projetos em gestação para aumentar sua produção de amônia e ureia, mas dois deles são mais significativos. O primeiro, já fase de implantação e com previsão de entrada em operação em setembro de 2014, é a Unidade de Fertilizantes (UFN) III, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. De acordo com a estatal, a planta terá capacidade de produção de 1,2 milhão de toneladas/ano de uréia e 70 mil toneladas/ano de amônia.

“Esta será a maior planta de fertilizantes nitrogenados da América Latina e permitirá, à Petrobrás, dobrar a produção nacional de ureia, contribuindo significativamente para redução das importações desse insumo essencial à produção agrícola”, afirmou a empresa.

O segundo projeto de maior destaque da companhia é a unidade de produção de sulfato de amônio com capacidade para 303 mil toneladas/ano, instalada na área da Fábrica de Fertilizantes (Fafen) da Petrobrás no município de Laranjeiras, em Sergipe. A previsão para sua entrada em operação é o primeiro semestre de 2013.

Além disso, a Petrobrás concluiu, em julho deste ano, a implantação do projeto ARLA 32, na sua Fábrica de Fertilizantes em Camaçari, na Bahia (Fafen-BA), com capacidade de produção de 200 mil m³/ano.

“O Arla 32 é um agente líquido redutor de emissões que já vem sendo utilizado em veículos pesados a diesel desde janeiro deste ano. O projeto foi desenvolvido para atendimento à Resolução nº 403/2008 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que dispõe sobre o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automores”, explica a estatal.

Há também os projetos que foram qualificados como “em avaliação” pela Petrobrás, cuja lista engloba o Complexo Gás-Químico de Linhares (ES) e a Planta de Amônia de Uberaba (MG). Apesar de estar na lista ainda indefinida, a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN) IV, em Linhares, teve o contrato para seu projeto básico assinado nesta quarta (22), com a consultoria Foster Wheeler, conforme afirmou o diretor de Gás e Energia, José Alcides Santoro.

No início do mês, a presidente da companhia, Graça Foster (foto), já havia antecipado a disposição da Petrobrás em investir mais no segmento de fertilizantes, para substituir o grande volume de importações realizado hoje no país. De acordo com a estatal, o Brasil importa 59% da ureia e 52% da amônia que consome.