VENEZUELA SOFRE NOVAS CONSEQUÊNCIAS COM AS SANÇÕES AMERICANAS E FICA SEM DINHEIRO PARA IMPORTAÇÕES

A Venezuela sofre ainda mais com as consequências das sanções americanas. O país está sentindo na pele o não refinanciamento de sua dívida externa, que bloqueou importações vitais de alimentos e medicamentos e ainda os custos dos bilhões de dólares em ativos de petróleo perdidos. O Ministro das Relações Exteriores, William Castillo (foto), rejeitou relatório da chefe de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, e negou que haja uma crise humanitária no país, mesmo com as evidências óbvias que o mundo acompanha, provocados pelo governo corrupto do ditador Nicolás Maduro, apoiado pelo governo cubano. O ditador repete à exaustão a narrativa de que a Venezuela é vítima de uma trama dos EUA para derrubá-lo, erradicar o socialismo e conceder as maiores reservas de petróleo do mundo às multinacionais.

No entanto, a administração do presidente norte-americano, Donald Trump, o classifica como um ditador ilegítimo e reconheceu o líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente interino, promovendo diversas sanções ao setor petrolífero e a aliados de Maduro: “ Só na sexta-feira ( 5) os Estados Unidos  confiscaram cerca de 30 bilhões de dólares em ativos da PDVSA, enquanto 40 bancos detiveram cerca de 5,4 bilhões de dólares, impedindo a Venezuela de adquirir alimentos e medicamentos”, disse Castillo ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

A Venezuela está mergulhada numa dívida de cerca de 200 bilhões de dólares com um grupo diverso de credores, fornecedores comerciais e empresas cujos ativos foram expropriados. Com a crescente inadimplência, os credores estão relutantes em negociar uma reestruturação por conta das sanções dos EUA. O relatório de Bachelet, apresentado após sua visita a Caracas em junho, apontou que as forças de segurança venezuelanas estavam enviando esquadrões da morte para assassinar jovens.