BRASIL ESPERA INVESTIMENTOS PRIVADOS DE R$ 2,1 TRILHÕES EM ENERGIA, MINERAÇÃO E PETRÓLEO E GÁS NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS | Petronotícias




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BRASIL ESPERA INVESTIMENTOS PRIVADOS DE R$ 2,1 TRILHÕES EM ENERGIA, MINERAÇÃO E PETRÓLEO E GÁS NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS

brasil-ministro-minas-energia-bento-albuquerque-20190129-003-copyPor seu currículo brilhante, sua eficiência e competência, pode se afirmar que o Ministro de Minas e Energia do governo Bolsonaro, Bento Albuquerque, é farinha de outro saco. Em apenas seis meses de atuação, foi possível ver na entrevista que ele concedeu à Globonews que já domina todos os assuntos de sua pasta e tem efetiva participação na solução de problemas cabeludos. Ele comemorou o resultado da aprovação do texto base da Previdência e vê benefícios para o desenvolvimento de negócios na área onde atua.

Já esperava o resultado”, disse ele. “Recebo constantemente empresários e associações dispostas a investir no Brasil. Tanto no setor elétrico, gás mineração. Isso vai trazer otimismo ao mercado”.

Sobre a privatização da Eletrobrás, o ministro disse que: “A Eletrobrás necessita isso. É responsável por 30% da geração e 70% da transmissão de energia. Ela precisa manter capitalizada. Ela está indo bem. Acreditamos que o modelo de capitalização poderá ser implementado no segundo semestre, mas por decisão do próprio STF vamos ter que uma decisão do legislativo para que esta política possa ser implementada, desestatizada”.

Em relação ao modelo de desestatização da Eletrobrás, o ministro adiantou que o modelo correto está sendo discutido entre ele e o ministro Paulo Guedes. Ainda não está decidido a forma, se o governo terá ou não poder de vero junto aos seus futuros sócios na empresa: “Fazemos reuniões semanais sobre este assunto e vamos apresentar ao Presidente Bolsonaro em uma ou duas semanas para que ele aprove o modelo que será encaminhado ao Congresso Nacional para apreciação”.

Sobre os preços das tarifas elétricas, Bento Albuquerque disse que “são decorrentes de políticas públicas mal executadas. Tem aquela famosa medida provisória 579 de 2012, que um assessor disse que era o 11 de setembro do setor elétrico, que causou um prejuízo de 200 bilhões de reais. Quem passa esse prejuízo? São os consumidores. Se a gente for lembrar, era para reduzir o preço da energia. Isso funcionou entre 2012 e 2013, depois a energia subiu 120% e a inflação de 36%, 38%”.

Foto eolicaSobre risco de apagão, ele diz que não corremos risco. “Todos os leilões de energia, 90% são privados. Tivemos um leilão do A-4. Foram apresentados 51 GW. Isso significa que o nosso planejamento decenal de energia, considera um crescimento médio de 2,7% do PIB e para isso precisaremos de 48 GW. Com os projetos que nós já temos, 51 GW. Temos energia para os próximos 12 anos, imaginando um crescimento do PIB nos próximos dez anos de 2,7%. Se a gente crescer mais, o plano decenal é revisto anualmente. Se precisar adaptações, faremos as adaptações.

A maior parte dessas contratações são energias renováveis, como energia eólica, solar e gás, já mostrando os primeiros reflexos da nova política de gás do governo federal. Sobre impostos e subsídios, o ministro lembrou que teve uma reunião com todos os setores privados do seu ministério, petróleo, mineração e energia, onde tratou sobre novas formas de desenvolvimento e avanços em tecnologias para que as tarifas fossem sustentáveis. No caso do gás, ele lembrou a decisão do governo de Sergipe, que reduziu o ICMS do insumo de 18% para 12%: “No caso dos leilões que acabei de falar, o gás vai permitir que as termelétricas tenham uma redução nos preços da energia.  Temos várias medidas para sensibilizar os governadores que não é o imposto que vai atrair investimentos e dar sustentabilidade ao Estado. O que vai proporcionar isso é investimento renda e emprego”.

FPSO PIONEIRO DE LIBRANo setor de petróleo, o ministro se mostrou bem otimista: “Só este ano teremos quatro leilões. O leilão da ANP, que será realizado em setembro. A 6ª Rodada, que será realizado em outubro. O Leilão da Cessão Onerosa e a Rodada do Regime de Partilha, que serão realizados em novembro. Eu tive várias reuniões com as grandes empresas internacionais, como a Exxon, a Shell e a BP. Todas as grandes empresas internacionais estão ávidas para aplicar seus recursos no Brasil. Só o Bônus de assinatura da Cessão Onerosa será de 106 bilhões de reais. Juntado os bônus de todas as outras, são mais 30 bilhões. É dinheiro que vem de fora. A expectativa este ano é receber, só de bônus de assinatura, algo da ordem de 140 bilhões de reais. Esses investimentos são de 1,5 trilhão de reais só no setor de óleo e gás. Quem paga um bônus desse, não vai deixar de fazer os investimentos que estão previstos. Nos próximos 20 anos, esses e outros leilões programados até 2021, levará o país a ser uns dos cinco maiores produtores mundiais de óleo. Isso não foi dito por mim, mas pelo presidente da BP, da Shell e da Exxon. Nós temos hoje a área mais produtiva do mundo, que é o pré-sal. Esses recursos virão, desde que tenhamos instituições respeitadas, governança, segurança jurídica, segurança regulatória e isso nós temos. Temos uma tradição de não quebrar contratos. Nós vamos lá fora e as pessoas nos respeitam. Então tem tudo para esse 1,5 trilhão, no setor elétrico 550 bilhões, para geração transmissão e distribuição. As oportunidades são muito positivas”.

Sobre a demora da realização dos leilões, o ministro foi bastante enfático:

O Brasil perdeu 20 bilhões por ano por não realizar esses leilões. Em 60 dias fizemos um acordo com a Petrobrás. Só para o excedente da Cessão Onerosa, que são quatro áreas do pré-sal, são necessários 20 FPSOs. Isso é a alegria da indústria naval. Do mundo e do Brasil. Porque vai ter investimentos em todo lugar”.

Central Nuclear de AngraSobre a energia nuclear o ministro disse que “Temos a sétima reserva de urânio no mundo com apenas 30% do nosso território prospectado, e temos um território que permite outras gerações de energia. 80% dos elementos da geração eólica hoje são feitos no país. Nossos somos um exemplo para o mundo. Na reunião do G-20 com os ministros de energia, fomos citados como um exemplo para o mundo sobre a nossa diversidade. Temos o programa Renova Bio. Somos uma referência. Nos próximos dez anos, vamos reduzir a emissão de gás carbônico ao equivalente o que Alemanha emite em um ano de CO2”.

Sobre o aquecimento global e a busca por energia limpa, Bento Albuquerque disse que “O Brasil vem fazendo a transição energética há 50 anos. Quando construímos Itaipu, iniciamos os biocombustíveis, com o Pró-Álcool, e também quando iniciamos as usinas nucleares. Foi uma necessidade, mas o Brasil, sim, teve condições de iniciar naquela época, uma transação energética”.

Sobre Angra 3, o ministro disse que “Já definimos o modelo, que terá a participação de uma empresa privada. Não será majoritária porque é um monopólio da União, já entrou no programa de parceria de investimentos. Acreditamos que Angra 3 começará seus testes em 2025 e entrará em operação comercial em 2026. No plano nacional de energia, que está sendo revisto e será divulgado em dezembro, já temos a previsão de construção de 6 GW em usinas nucleares. Não sei se será mantido esse patamar ou será aumentado, porque é plano para 2050”.

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