PORTUGUESES USAM JEITINHO MINEIRO PARA COMPRAR 50% DE UMA PRODUTORA DE BIOCOMBUSTIVEL DA PETROBRÁS
Os portugueses da GALP usaram o jeitinho mineiro, ficaram quietinhos, desconversaram e, de repente, compraram 50% da Belem Bioenergia Brasil (BBB), empresa produtora de óleo vegetal e biocombustível. O Presidente da GALP, Carlos Gomes da Silva (foto), disse na semana passada que os preços no Brasil estavam muito altos e que a empresa não seria muito ousada nos leilões dos campos de petróleo de outubro e novembro, aqui no Brasil. Era autêntico estilo mineiro de fazer negócios. Hoje (8), a Petrobrás informou que em Prosseguimento ao seu programa de venda de ativos em áreas que não são mais prioritárias, assinou o contrato de venda de sua participação de 50% da Belém Bioenergia Brasil (BBB). A fatia da estatal foi vendida por R$ 24,7 milhões para a Galp Bioenergy, que detém os outros 50% de participação na empresa criada em 2011. A Galp é parceira da Petrobrás na exploração em vários campos no pré-sal na Bacia de Santos.
A Petrobrás informou que os R$ 24,7 milhões da operação serão retidos pela Galp até dezembro de 2020 para potenciais pagamentos de indenizações. O fechamento do negócio está sujeito ao cumprimento de condições precedentes usuais, tais como aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No primeiro semestre do ano, a Petrobrás já conseguiu mais US$ 15 bilhões com venda de ativos. Dentro de uma semana, no próximo dia 16, sexta-feira, a estatal vai receber as propostas dos potenciais compradores da Liquigás, subsidiária responsável pela distribuição de gás de botijão no país.
Caso não haja mudança de orientação política no Brasil, infelizmente, ao final do atual mandato, restará apenas uma empresa produtora de petróleo, uns 3,5 a 4 milhões de barris por dia, que exatamente não ter importância estratégica, pois apenas produz petróleo bruto e gás, também será alvo de privatização, pois existirão várias empresas privadas que podem substituir a já enfraquecida Petrobras, na missão de produzir petróleo e gás natural. Não faltarão “gênios” da Economia prontos para defenderem a privatização total da Petrobras, exportando empregos e renda para os países desenvolvidos.