ABDAN E NUCLEAR ENERGY INSTITUTE FAZEM PARCERIA PARA EVENTO EM 2020 NO BRASIL
O Presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha, e um dos conselheiros da entidade, Paulo Massa, que estão nos Estados Unidos fazendo visitas a entidades ligadas ao setor nuclear, estiveram nesta terça-feira (27) na sede da NEI, a Nuclear Energy Institute, em Washington, onde tiveram uma reunião com a Presidente da Instituição, Maria Korsnick. ABDAN e NEI podem firmar uma parceria para desenvolvimento de projetos conjuntos nos dois países para a difusão das informações sobre a energia nuclear. Para isso, serão estudados alguns temas que na sequência serão selados num acordo de cooperação. De imediato, a ABDAN já conseguiu um importante apoio para a realização de um evento de negócios, que também terá a participação da APEX, no ano que vem.
Celso Cunha falou também da visita que fez a empresa Holtec: “Viemos realmente aos Estados Unidos buscar boas parcerias. Ontem, tivemos uma reunião importantíssima com a Holtec. A participação dela no evento que estamos programando para 2020 será muito importante. A Holtec está fazendo um importante trabalho no sítio das nossas usinas em Angra dos Reis para armazenar o combustível de Angra 1 e Angra 2. Tive a oportunidade de ver que o trabalho de fabricação das Unidades de Armazenamento a seco, está bastante adiantado (foto à direita). Algumas dessas unidades já estão estocadas esperando o momento de vir para o Brasil”.
Para lembrar, a Holtec venceu a licitação e está construindo as unidades de armazenamento a seco, as UAS, que receberão os combustíveis usados em Angra 1 e Angra 2, que estão depositados nas piscinas. Essa medida é necessária porque a capacidade das piscinas que armazenam esse material em ambas as usinas se esgotará brevemente. Para construir a UAS, a empresa investirá mais de US$ 50 milhões. O início da transferência de elementos combustíveis para a UAS está previsto para maio de 2020. As usinas nucleares brasileiras corriam riscos de serem desligadas em razão da saturação dos depósitos de combustíveis, segundo uma avaliação da própria Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) — responsável por fiscalizar o setor — remetida ao Tribunal de Contas da União (TCU). Era crítica a situação da piscina de armazenamento. A construção do novo depósito vai garantir a continuidade das duas usinas e a conclusão de Angra 3, que vai gerar ainda mais energia.
Celso Cunha falou também sobre a importância do acordo feito com a NEI em relação ao evento que está gestado com a APEX: “Gostei muito da nossa reunião. Mostrou que estamos no caminho certo para a ampliação do conhecimento da energia nuclear no Brasil em seus vários aspectos. Muita gente pensa que a energia nuclear, com fins pacíficos, serve apenas para geração de energia. Na verdade, a sua aplicação na medicina é de suma importância. Mostra o avanço tecnológico. E o Brasil não está fora desse progresso”.
Outro aspecto destacado pelo engenheiro Paulo Massa, conselheiro da ABDAN, é sobre o desenvolvimento da cadeia de fornecedores: “O momento que o Brasil está vivendo é único. Temos a real possibilidade de retomarmos as obras de Angra 3, já para 2020. Isso quer dizer alguns meses a nossa frente. Parece longe, mas já estamos praticamente no final do ano. E precisamos estar prontos para isso. Angra 3 e as próximas usinas, somado ao desenvolvimento dos reatores modulares, dá para ver que o mercado está mais vivo do que nunca. O Brasil precisa formar uma cadeia de fornecedores e precisamos estar atentos para isso. A ABDAN vai realizar este evento no ano que vem também com este objetivo”.
[…] LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NO NOSSO SITE. […]
[…] Link Original […]