PRESIDENTE DA TAG SUGERE NA RIO PIPELINE QUE O PAÍS CRIE REGRAS PARA ESTOCAGEM DE GÁS
Um dos temas de destaque na Rio Pipeline 2019, evento do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), foi a necessidade de ampliar o mercado de gás no país, que passa por uma maior integração com o setor elétrico. O CEO da transportadora de gás TAG, Gustavo Labanca, defendeu que o país crie regras para a estocagem de gás para suprir as termelétricas, necessárias para uma maior flexibilidade do sistema de geração. Isso porque, a produção de gás do pré-sal é contínua e as térmicas entram em operação a fim de complementar as fontes renováveis intermitentes, cuja geração de energia não é constante, tais como solar, eólica e hidrelétrica. A TAG é controlada pelo grupo Engie.
Para desenvolver a estocagem de gás, diz, é necessária uma regulamentação para ter acesso a informações dos campos de óleo e gás, já totalmente explorados: “Há um potencial grande, sobretudo em campos terrestres no Nordeste e Espírito Santo, mas os investidores precisam ter acesso às informações sobre a geologia desses reservatórios exauridos para identificar se são próprios para estocagem.”
Labanca ressaltou que os investimentos da Engie no segmento de gás estão em linha com o pilar da companhia de ser líder global na transição energética e reforçou a experiência internacional nesse mercado: “Podemos contribuir muito no debate de abertura no mercado de gás e na malha de gasodutos de transporte do país. Operamos uma rede de cerca de 32 mil km na Europa, mais do que o triplo da malha brasileira, de cerca de 9 mil km no Brasil. Os números mostram o quanto o país tem ainda por investir na expansão da sua rede”, afirmou.
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