DONO DE UMA DAS MAIORES RESERVAS DO MUNDO, O BRASIL VAI IMPORTAR URÂNIO DO CAZAQUISTÃO
Apesar de ter uma das maiores reservas do mundo, o Brasil vai importar urânio do Cazaquistão. A empresa atômica estatal Kazatomprom anunciou hoje (13) que assinou um acordo comercial para fornecer urânio natural às Indústrias Nucleares do Brasil (INB). A Kazatomprom venceu a licitação da INB para fornecer hexafluoreto de urânio natural para as necessidades da indústria de energia nuclear brasileira. O acordo, cujos detalhes não foram divulgados, reforça a diversidade geográfica do portfólio de contratos do maior fornecedor de urânio do mundo, “destacando o sucesso contínuo de sua função de marketing revitalizada”, disse a empresa em uma nota. A INB é a empresa brasileira estatal para a produção e comercialização de materiais nucleares. É licenciada e supervisionada pela Comissão Nacional de Energia Atômica, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O Brasil, que possui dois reatores nucleares, Angra 1 e 2, que geram cerca de 3% de sua eletricidade, é um dos maiores produtores potenciais de urânio do mundo, mas desliza em barreiras ambientais que impedem a sua produção. Recentemente a Agência Internacional de Energia Atômica divulgou um estudo mostrando a real necessidade de produção de urânio precisa deslanchar. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, já disse que o plano nacional de energia do país para 2050 considerará novas usinas nucleares, incluindo a geração IV e pequenos reatores modulares para atender à crescente demanda nacional de eletricidade. Em breve, possivelmente no próximo mês o Brasil deverá anunciar a retomada da construção de Angra 3.
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