PROGRAMA NUCLEAR DA MARINHA DO BRASIL É DESTAQUE NA 63ª CONFERÊNCIA DA AGÊNCIA DE ENERGIA ATÔMICA
Na véspera do encerramento da 63ª Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, a comitiva brasileira teve um destaque especial na apresentação do Plano Nuclear da Marinha do Brasil, feita pelo cientista e ex-Diretor de Ciências Nucleares e Aplicações da AIEA, Aldo Malavasi, que integra o corpo de especialistas da AMAZUL e do CTMSP. Em sua apresentação, ele reforçou às autoridades da agência, o compromisso do Brasil na aplicação e uso da energia na nuclear exclusivamente à fins pacíficos: “Caminhamos comprometidos e alinhados com a política estabelecida pela AIEA e da nossa Constituição Federal. Nosso Programa e Instituições passam por constantes inspeções das organizações internacionais, às quais recebemos com total transparência e compromisso no desenvolvimento de um Programa de propósitos não bélicos”.
Malavasi deixou claro importância histórica da marinha brasileira no desenvolvimento e avanços do setor nuclear no Brasil. Em decorrência das pesquisas realizadas pelo Almirante Álvaro Alberto, no início dos anos 50, foi que o governo federal, quase duas décadas depois, investiu recursos para capacitar o país no ciclo do combustível nuclear, produção de reatores de pesquisa e de potência e, finalmente, no reprocessamento de combustível nuclear utilizado nos reatores. Aldo citou ainda os projetos nucleares em curso e em desenvolvimento pela Marinha, como o LABGENE, RMB (em parceria com a CNEN) e o Submarino de Propulsão Nuclear.
O presidente da NUCLEP, o Almirante Carlos Seixas, disse que “A Marinha é a base do Programa Nuclear do Brasil. O Almirante Alvaro Alberto foi um visionário, por causa da sua excepcional luta nos anos 50 chamamos a atenção do país. A apresentação foi de encontro à posição do ministro Bento Albuquerque, em que ratifica a importância e coerência da atuação direta de militares na gestão de setores do Governo ligados ao desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro. O ministro sempre ressalta que estivemos presentes em todas as etapas de implantação da energia nuclear no país. A Marinha teve papel ímpar no desenvolvimento da ultracentrifugação para o enriquecimento do urânio, o que nos fez sétimo país no mundo a dominar a tecnologia.”
O Almirante Carlos Seixas falou ainda sobre a importância da NUCLEP na história nuclear do Brasil: “É também gratificante como oficial militar, C. Alte, comandar uma empresa grande como a NUCLEP, que, desde o início dessa história, se destaca na construção de equipamentos nucleares de suma importância para a marinha brasileira e para o país. Ressalto ainda que nos encontros com como França e Paraguai, externamos a expertise nuclear para qual fomos criados, a capacidade e a qualidade da nossa caldeiraria, assim como fortalecemos a parceria com a Argentina. Todas as tratativas com grande receptividade e expectativas para o futuro”.
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