GRUPO TEAK ADQUIRE NOVA EMPRESA E EXPANDE SUA OFERTA DE PRODUTOS PARA O SETOR DE ÓLEO E GÁS
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
De olho na sua estratégia de expandir a presença no mercado brasileiro, a Teak Capital acaba de adquirir uma nova empresa – a Junior Flex -, que atua nas áreas de papel e celulose, energia e óleo e gás. Com a aquisição, o grupo agora passa a contar com um portfólio de produtos industriais críticos para o segmento petrolífero, segundo o diretor estratégico (CSO) da Teak, Arnaud Colle. O executivo explica ainda que o conglomerado também está ofertando serviços para o setor de O&G através de outra empresa – a Solina Brasil. Apesar dos recentes avanços, a ideia é continuar aumentando a presença no Brasil, à medida que a economia do país cresça. “O nosso foco é crescer por meio de novas aquisições, buscando formas de integrar mais companhias dentro do grupo Teak, especialmente no setor industrial. Mas tudo vai depender do desempenho da economia”, afirmou Colle.
Gostaria que começasse explicando um pouco sobre a atuação da Teak.
A Teak não é exatamente um fundo. É uma companhia dedicada a gerar investimentos privados. A companhia iniciou suas atividades com o Sudeste Asiático, em 2007, gerenciando um fundo da Goldman Sachs, mas evoluiu como uma companhia privada dedicada a gerar investimentos industriais. O primeiro objetivo da Teak é em investimentos corporate carve-outs e aquisições de empresas.
Quais são as empresas controladas por vocês aqui no Brasil?
As atividades da Teak começaram no Brasil no ano de 2015. Até agora, a companhia comprou três empresas e desenvolveu uma quarta (a Solina Brasil).
A Solina Brasil é uma empresa de serviços industriais para as atividades industriais no setor de energia, petroquímica e óleo e gás. Temos também outra companhia, a ConVeyBelts, que se dedica à fabricação das correias usadas no setor de mineração.
Que oportunidades a Teak enxergou no Brasil?
O interesse pelo país surgiu pelas oportunidades que encontramos aqui. A Teak começou como uma companhia gerenciadora de fundos. Depois, se especializou em reestruturar empresas com problemas e dificuldades. Em 2015, surgiu a oportunidade de aquisição de uma empresa no Brasil. Agora, a Teak está bem estabelecida no país, com previsão de crescimento no segmento industrial e atrás de novas aquisições.
O senhor poderia falar da última aquisição da Teak no Brasil, a Junior Flex?
Esta é uma empresa que atua no setor industrial. Para nós, era uma boa candidata para ser integrada ao grupo, porque complementa a oferta industrial que oferecemos por meio de outras empresas no país. Ela atua nas áreas de papel e celulose, energia e óleo e gás, fabricando juntas de expansão, suportes de mola, entre produtos críticos para as atividades industriais.
Gostaria que falasse um pouco mais da atuação da Junior Flex dentro da área de óleo e gás.
Como eu disse, a Junior Flex fabrica várias peças pensadas para o setor industrial de óleo e gás. Temos grandes clientes corporativos, tais como a Petrobrás, por exemplo. Com estes clientes, desenvolvemos toda uma linha industrial para produzir juntas de expansão metálica, juntas de expansão não-metálicas, suporte de mola, dampers e acoplamento tipo dresser. São todas peças que permitem a circulação da atividade industrial para o setor de óleo e gás.
Quais serão as novidades na Junior Flex a partir da aquisição pela Teak?
Estamos no ponto de aquisição, mas a ideia é desenvolver um sistema que desenvolvemos para o gerenciamento desta empresa. Nesse momento, estamos desenvolvendo este sistema. Ou seja, definindo um sistema operativo, tentando melhorar as áreas e desenvolver a performance, focando o negócio em atividades mais lucrativas e específicas e cumprindo com as necessidades dos clientes. Dentro dessa nova filosofia que estamos desenvolvendo na companhia, buscamos formas de criar e extrair valor, como também procurar formas de colaboração entre as empresas do grupo. A TEAK vai impulsar uma nova dinâmica para Junior Flex dentro da plataforma Solina.
E quais são as perspectivas da Teak para o Brasil para os próximos anos?
A previsão vai depender do nível industrial e geral da economia do Brasil. O grupo neste momento, através da plataforma Solina, busca se desenvolver e crescer através de novas aquisições. O nosso foco é crescer por meio de novas aquisições, buscando formas de integrar mais companhias dentro do grupo Teak, especialmente no setor industrial. Mas tudo vai depender do desempenho da economia. Estamos na hora de analisar as novas oportunidades e ver como desenvolver o negócio no país.
O senhor também pode detalhar como será o planejamento do grupo para a área de óleo e gás?
Quando entramos no país, enfrentamos um contexto político e econômico bastante difícil no setor de óleo e gás. Tivemos muitas dificuldades para desenvolver nossas atividades. O primeiro foco da Solina, que é a plataforma da Teak, foi no setor de tubulação e revestimentos especiais para transporte de óleo e gás. Mas agora, o foco é mais nos produtos industriais e serviços de suporte. Ou seja, através da Junior Flex vamos ofertar produtos e pela Solina Brasil vamos oferecer serviços de campo para assistir as empresas de óleo e gás.
http://www.juniorflex.com.br