AGRAVA CRISE NO EQUADOR, QUE PEDE PARA SAIR DA OPEP POR NÃO CUMPRIR COMPROMISSOS DE EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO
A cada dia a crise no Equador ganha contornos cada vez mais graves. A esquerda apoiada pelo ex-ditador, Rafael Corrêa, que está na Bélgica, tenta derrubar o atual governo. Agora, o Equador pediu a sua retirada da Opep e paralisou o transporte de petróleo através de seus dois oleodutos principais, devido aos protestos contra o aumento de combustível. Em um comunicado, o Ministério de Minas e Energia local disse que “Se analisa declarar a eventualidade de força maior nessa infraestrutura, para que o país não receba multas ao adiar embarques para exportação”. Passam pelo oleoduto 68% dos 531.000 barris produzidos diariamente.
Da produção registrada de janeiro a julho, o Equador exportou quase 72%, pelos quais recebeu cerca de 4,619 bilhões de dólares (a um preço médio de 57,07 dólares por barril). Os protestos sociais sobre o recente aumento de até 123% nos preços dos combustíveis mais usados no país, devido a uma exigência do FMI que quer o fim dos subsídios do governo. Desde a ultima segunda-feira (7) protestos desencadearam a ocupação de instalações petrolíferas por grupos de pessoas externas à operação. Três campos de petróleo foram invadidos e as atividades foram suspensas.
Por isso, a produção caiu 31% (165.000 bpd), de acordo com o ministério. Em 2018, as vendas de petróleo bruto (69% dos 517.000 bpd explorados) geraram quase 7,9 bilhões de dólares (a US$ 60,55 o barril), segundo o Banco Central. O Equador, que tem no petróleo bruto seu principal produto de exportação, paralisou as operações do Sistema de Oleoduto. O Equador também possui um oleoduto de propriedade privada(foto a direita), com capacidade de cerca de 450.000 bpd, usado para evacuar parte de sua produção dos campos da Floresta Amazônica para um porto no Pacífico para concluir o fornecimento a uma refinaria local e compromissos de exportação.
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