PETROBRÁS CONTINUA COM EQUIPES MOBILIZADAS PARA RETIRADA DO ÓLEO QUE CONTAMINOU AS PRAIAS DO NORDESTE
A Petrobrás incentiva algumas organizações não governamentais ligadas ao meio ambiente, como o Projeto Tamar, que vive do subsídio da estatal desde que foi fundada, há 39 anos. Até hoje, instalada em pelo menos 29 pontos, e de ter liberado ao mar mais de 40 milhões de tartarugas, ainda defende a bandeira da extinção desses animais para receber esse incentivo. E na hora em que a Petrobrás precisou de apoio para um trabalho dessa envergadura, para resolver um problema em que ela nem foi a responsável, como a limpeza de 140 praias de nove estados do nordeste sujas de óleo, teve que agir por conta dela e sem o apoio das ONGs que a empresa subsidia. Esse derramamento de óleo se transformou no maior acidente ambiental do nordeste. Há um mês a companhia vem dando apoio permanente ao Ibama nos esforços para este trabalho. Desde o dia 12 de setembro, a empresa já coletou mais de 200 toneladas de resíduos oleosos (mistura de óleo e areia). Ao todo, a Petrobrás mobilizou cerca de 1.700 agentes ambientais para limpeza das áreas impactadas e mais de 50 empregados para planejamento e execução da resposta. Um trabalho que merece o reconhecimento.
Também foram acionados cinco Centros de Defesa Ambiental (CDA) e nove Centros de Resposta a Emergência. Os CDAs são instalações da Petrobrás distribuídos estrategicamente em diversas regiões do país, de modo a complementar os recursos de resposta a emergências de vazamento de óleo das unidades operacionais da companhia. Além dos CDAs, cada unidade possui equipamentos e recursos para resposta imediata nos seus Centros de Resposta a Emergência. Essa estrutura garante os tempos, os recursos e capacidade de resposta das instalações sob gestão da companhia.
A Petrobrás reforça que o óleo nas praias do Nordeste não tem origem nas operações da companhia e os custos das atividades de limpeza serão ressarcidos, conforme informado pelo Ibama. A análise das amostras realizadas pelo Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes) atestou que o petróleo cru encontrado em praias do Nordeste não é produzido no Brasil, nem comercializado ou transportado pela companhia. A Petrobrás permanece, nesta quarta-feira (16/10), com diversas equipes em campo. Através de uma nota, a companhia diz que “reforça seu comprometimento com a proteção do meio ambiente e mantém os recursos mobilizados, conforme as orientações estratégicas do Ibama.”
Nessa nota, a empresa afirmou também que “O Cenpes mantém um banco de resultados das análises geoquímicas realizadas em todos os campos produtores de petróleo da Petrobrás. Quando há a necessidade de investigar a procedência de uma amostra de óleo, os pesquisadores da Petrobrás comparam os resultados deste banco com o da amostra, no que é chamado de geoquímica forense. Este foi o trabalho realizado a partir do óleo coletado nas praias do Nordeste.
O petróleo é formado a partir da matéria orgânica contida em sedimentos, que foram depositados há milhões de anos. Essa matéria orgânica é constituída por restos de microorganismos que viveram em mares ou em lagos e apresentam em sua constituição moléculas características que os definem biologicamente e ambientalmente, chamados biomarcadores.
Apesar desses sedimentos sofrerem transformações por aumento de pressão e temperatura, a composição molecular dos biomarcadores mantém sua forma estrutural praticamente inalterada, permitindo assim, a sua utilização para distinguir os diversos ambientes de geração do petróleo. É esta especificidade que permite diferenciar um tipo de petróleo de outro.”
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