STATKRAFT PREVÊ INICIAR OBRAS DE PARQUES EÓLICOS NO PRÓXIMO ANO, COM INVESTIMENTOS DE R$ 2 BILHÕES
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
A companhia norueguesa Statkraft foi uma das vencedoras do último leilão de energia nova promovido pelo governo recentemente. A empresa faturou dois empreendimentos eólicos: Ventos de Santa Eugênia (420 MW) e Serra de Mangabeira (75,6 MW), ambos localizados no estado da Bahia. Agora, o próximo passo é planejar o começo das obras dos projetos, que devem começar entre o final de 2020 e início de 2021, de acordo com o diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Statkraft no Brasil, Talvani Nolasco Filho. “O investimento total, considerando o que temos de mercado hoje, algo em torno de R$ 4 milhões por MW, será de R$ 2 bilhões”, complementou. A conclusão das obras está prevista entre 2022 e início de 2023. Nolasco Filho ainda ressalta que as perspectivas da empresa com o mercado brasileiro são positivas e a meta da Statkraft é triplicar sua capacidade instalada no país até 2025.
Qual a sua avaliação sobre os resultados da empresa durante o leilão?
Eu acho que tivemos uma participação positiva. Existia um desejo em entender qual seria o resultado, em termos de preços, considerando as novas regras do leilão. Mas de certa forma foi positivo, um pouco acima até do que algumas empresas esperavam em termos de preço. De forma geral, a avaliação foi positiva. Tanto do ponto de vista de volume quanto pela questão do preço. Pelo menos na fonte que nós vendemos, que no caso foi a eólica.
Qual é a previsão de investimentos nestes dois empreendimentos?
Apesar de termos viabilizado 375 MW, esses dois projetos giram em torno de 500 MW de potência. O primeiro deles é um complexo de 420 MW e um segundo projeto de aproximadamente 80 MW. O investimento total, considerando o que temos no mercado hoje, algo em torno de R$ 4 milhões por MW, será de R$ 2 bilhões. Nós pretendemos concluir as obras até 2022 ou início de 2023.
Quando começam as obras?
Nós esperamos que as obras comecem entre o final de 2020 e início de 2021.
Quais aspectos técnicos dos dois projetos vencedores no leilão?
Do ponto de vista técnico, o projeto menor, Serra de Mangabeira, é praticamente uma ampliação de outro projeto que já operamos na Bahia. Já o Ventos de Santa Eugênia é um projeto novo que acabamos de fazer a aquisição. Esse empreendimento é parte de um complexo bem maior. Entendemos que [este projeto] pode atingir mais de 600 MW de capacidade de geração. Hoje, nós estamos imaginando que esse complexo possa chegar a aproximadamente 1 GW.
Gostaria que o senhor nos atualizasse a respeito dos números atuais de capacidade de geração da empresa no país?
Hoje, temos 450 MW instalados, entre projetos eólicos, PCHs e usinas hidrelétricas de maior porte. A ideia é triplicar a nossa capacidade instalada até 2025. Essa é a nossa previsão.
Quais são as previsões da Statkraft em relação ao crescimento do mercado brasileiro?
De forma geral, a Statkraft acredita no país e na retomada do crescimento do Brasil. Isso está diretamente ligado à geração de energia, com o aumento de demanda nos próximos anos. Estamos confiando nisso. Entendemos que, cada vez mais, o mercado livre está ganhando importância para as empresas de geração de energia. Estamos tentando capturar essa fatia.
Acho que as perspectivas são boas para os próximos anos. E a Statkraft está capitalizada e tem o objetivo de investir aqui no país.
Como será a estratégia de crescimento da empresa no Brasil a partir de agora?
Vamos continuar crescendo em energia eólica. Esse projeto que acabamos de comprar [Ventos de Santa Eugênia] tem capacidade de ampliação. E esse projeto que estamos ampliando [Serra de Mangabeira] também tem capacidade de expansão.
Vamos definir especificamente as fontes [para fazer investimentos] onde conseguirmos capturar o melhor retorno. Os projetos vão ser expandidos de acordo com a rentabilidade. Estamos prontos para investir em PCHs e solar também. Vamos tomar a decisão de acordo com a oportunidade no mercado e a rentabilidade. A ideia é que a empresa esteja estruturada e pronta para poder capturar as oportunidades. Não temos preferência por nenhuma fonte. Estamos preparados para crescer em solar, hidráulica e eólica.
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