PETROBRÁS DIZ QUE ESTÁ PREPARADA PARA A GREVE, MAS TRABALHA PARA QUE PARALISAÇÃO NÃO OCORRA

Faltam poucas horas para o começo da greve dos petroleiros, que está programada para começar às 0h do sábado (26). Do lado da Petrobrás, a empresa já trabalha para lidar com as possíveis consequências da paralisação. É o que afirmou o diretor de Assuntos Corporativos da estatal, Eberaldo de Almeida Neto (foto). Segundo o executivo, que participou de entrevista coletiva na sede da empresa, na tarde desta sexta-feira (25), a Petrobrás está preparada em termos de contingência para tentar manter a produção de óleo e gás. O diretor acrescentou ainda que a companhia trabalha para que a “greve não ocorra”, sem entrar em detalhes sobre quais ações estão sendo adotadas neste sentido.

Ontem, o Petronotícias publicou uma entrevista com o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, que afirmou que a greve vai afetar diversas áreas da Petrobrás. “O nosso indicativo é de uma greve com parada de produção em todas as áreas da companhia – nas áreas de refino, produção, transporte e termelétrica”, disse.

O sindicalista falou também que a expectativa é de uma alta adesão de trabalhadores ao movimento grevista, tendo em vista a mobilização dos petroleiros nas assembleias dos sindicatos. “Este indicativo [da greve], em média, foi aprovado na ordem de 70% em assembleias bastante representativas. A refletir os resultados das assembleias, o que teremos a partir de 0h do dia 26 será um movimento bastante consistente”, completou.

A motivação para a greve foi discussão em torno do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A estatal propôs o fim de alguns de algumas cláusulas, além de mudanças em outros pontos. Os sindicatos contestaram e não aceitaram a proposta da empresa. Durante esse debate entre a estatal e seus trabalhadores, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi acionado pela petroleira para tentar mediar um acordo. Contudo, a proposta apresentada pelo tribunal também foi rejeitada pelos petroleiros, que votaram a favor da greve.