NA ABERTURA DA OTC, BENTO ALBUQUERQUE DIZ QUE NÃO VÊ IMPACTO PARA OS NOVOS LEILÕES POR CONTA DO ÓLEO NO NORDESTE | Petronotícias




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NA ABERTURA DA OTC, BENTO ALBUQUERQUE DIZ QUE NÃO VÊ IMPACTO PARA OS NOVOS LEILÕES POR CONTA DO ÓLEO NO NORDESTE

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

DSC_0006A OTC Brasil 2019 está oficialmente inaugurada. O evento, que será realizado de hoje (29) até a próxima quinta-feira (31), vai debater os rumos da indústria offshore no Brasil. Mas, como não poderia deixar de ser, o tema do óleo que atinge as praias do Nordeste também esteve em alta nessas primeiras horas de conferência. O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, esteve na cerimônia de abertura do evento e conversou com jornalistas sobre o caso. Ele afirmou que os responsáveis pelo incidente – assim que descobertos – deverão ser responsabilizados e pagarão ressarcimento a todos os envolvidos na operação de contenção do petróleo cru. Além disso, Albuquerque disse que não enxerga um impacto negativo nos próximos leilões em virtude do acidente ambiental. “Como sabemos, esse óleo nas praias do Nordeste não é de origem brasileira. Então, não tem nada a ver com a atividade de óleo e gás no Brasil e com os nossos leilões. Eles vão continuar sendo realizados normalmente, dentro do planejamento que temos”, declarou. Durante seu discurso inicial, o ministro relembrou que com as novas rodadas, a meta do país é se tornar um dos cinco maiores produtores mundiais de petróleo, com a expectativa de chegar ao patamar de 5,4 milhões de barris de óleo produzidos por dia até 2030.

O que se sabe até agora sobre as causas desse acidente?

Como [a origem] é desconhecida, tudo fica mais difícil. O óleo tem uma densidade que faz com que ele fique submerso. Ele só aparece quando chega à praia. Assim, fica difícil identificar de onde o óleo veio e quem foi o agente que provocou esse acidente ambiental.

Por que somente a Petrobrás está participando desses trabalhos?

Primeiro, a Petrobrás não teve nada a ver com isso [com o acidente]. Como eu disse, ainda não está identificado o causador. A Petrobrás, de forma voluntária, está ajudando. Ela colocou todos os seus meios de prevenção, contenção e análise para contribuir com a investigação. Existe uma investigação em curso. Se localizado quem causou isso, vai ter danos. E todo mundo terá que ser ressarcido. Não só a Petrobrás, mas todos que estão fazendo um esforço grande de conter [o óleo].

Eu acredito que outros países ofereceram apoio, outras empresas também devem ter oferecido apoio. Não tenho esse controle, porque não cabe ao Ministério de Minas e Energia, dentro desse esforço que está sendo realizado, a coordenação [dos trabalhos].

Até onde sei, esse esforço está sendo feito de forma integrada com a comunidade internacional de petróleo. Todos estão envolvidos nisso. A Organização Marítima Internacional, que tem sede em Londres, está envolvida também. Então, vários órgãos internacionais estão enviando e buscando informações para que a investigação chegue a alguma conclusão.

O senhor enxerga um prejuízo político para o governo em virtude desse caso?

O governo está fazendo tudo que lhe compete para minimizar os danos. Estamos fazendo uma investigação séria para tentar descobrir a origem do vazamento. Isso é muito importante. Mas o mais importante agora é minimizar os danos e adotar algumas políticas públicas em defesa, por exemplo, dos pescadores do Nordeste. Além de prestar todo o apoio aos governos estaduais e municipais. Eu não vejo prejuízo político nisso. Muito pelo contrário. Acho que o governo, desde 2 de setembro, está acionando o MME, a Marinha, a ANP… a própria Petrobrás, ao tomar conhecimento do caso, também começou a participar desse processo. Acho que ao final, o resultado que será mostrado é que o governo foi efetivo no combate e na mitigação de danos que estão sendo causados ao meio ambiente, às comunidades e à atividade econômica.

O que está sendo já pensado para que o país enfrente eventuais novos incidentes como este?

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Cerimônia de Abertura da OTC Brasil, no Centro de Convenções SulAmerica

Primeiro é preciso chegar às conclusões [do acidente no Nordeste]. E a partir daí que se aprendem muitas coisas. Até o aperfeiçoamento do Plano de Contingência… tudo isso vai depender das conclusões. Tudo será analisado.

Tendo em vista os leilões da semana que vem, como o governo pretende harmonizar a agenda ambiental com a exploração de petróleo?

Não tem uma relação de causa e efeito. Esse acidente não é por conta da exploração de campos de petróleo das nossas riquezas. Como sabemos, esse óleo nas praias do Nordeste não é de origem brasileira. Então, não tem nada a ver com a atividade de óleo e gás no Brasil e com os nossos leilões. Eles vão continuar sendo realizados normalmente, dentro do planejamento que temos. Os dois leilões que já realizamos nesse ano foram um sucesso. E temos perspectivas muito boas para os próximos dois leilões que serão realizados na próxima semana.

Até onde eu sei, diversas empresas manifestaram interesse e estão apresentando as garantias. Não só para o leilão dos excedentes da Cessão Onerosa, no dia 6 de novembro, mas também para a 6ª Rodada de Partilha, que vai ser realizada no dia seguinte.

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