ABIQUIM REGISTRA AUMENTO NAS VENDAS DE QUÍMICOS NO TERCEIRO TRIMESTRE NO MERCADO BRASILEIRO
A produção de químicos para uso industrial no Brasil cresceu 2,48% neste 3º trimestre em relação ao trimestre anterior. As vendas internas tiveram alta de 3,05% e a demanda interna subiu 17%. Os dados fazem parte do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim. A diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, explica que para os produtos químicos de uso industrial, que estão na base de diversas cadeias industriais, os meses de julho a outubro são os melhores do ano, em razão das encomendas de Natal e período de verão, que eleva a procura por descartáveis e outros itens.
Mas, apesar da melhora recente, na comparação com os resultados do terceiro trimestre de 2018, os índices do mesmo período deste ano apresentam variações negativas: a produção caiu 9,49%, as vendas internas tiveram recuo de 6,49% e o consumo aparente nacional (CAN) caiu 11,47%. No acumulado de janeiro a setembro, sobre igual período de 2018, os resultados também são negativos: a produção caiu 4,24%, as vendas internas tiveram queda de 2,11%, e o CAN apresentou declínio de 7,4%. “Em termos de produção, a média dos três trimestres deste ano é a pior dos últimos dez anos”, afirma a diretora da Abiquim.
De janeiro a setembro, a utilização da capacidade instalada se manteve no patamar de 70%, sete pontos abaixo da registrada em igual período de 2018, levando a ociosidade ao patamar recorde de 30%. “O nível é inadequado para os padrões de produção em regime de processo contínuo do setor químico e a ociosidade crescente preocupa as empresas pois impõe custos unitários por tonelada produzida cada vez maiores, piorando a relação de competitividade nacional com o produto importado”, explica Fátima.
O volume de importações dos produtos amostrados no RAC, todos com fabricação local, cresceu 43,9% de julho a setembro, em relação ao 2º trimestre do ano, o que representa um crescimento quase 18 vezes maior do que aquele registrado na variável produção local. Na comparação com o 3º trimestre de 2018, também houve alta, de 5,4%. De janeiro a setembro deste ano o volume importado teve acréscimo de 7,5%, ocupando uma fatia de 41% de toda a demanda local, novo recorde do setor.
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