ELETRONUCLEAR FORMALIZA JUNTO À CNEN O PEDIDO DE EXTENSÃO DE VIDA ÚTIL DE ANGRA 1

A Eletronuclear solicitou formalmente à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a extensão de vida útil de Angra 1 de 40 para 60 anos. A documentação foi entregue pelo presidente da companhia, Leonam Guimarães, na tarde desta quinta-feira (7), na sede da CNEN, no Rio de Janeiro. “Considerando que a vida licenciada pela CNEN de 40 anos de Angra 1 se encerra em 2024, a Eletronuclear apresenta com 5 anos de antecedência seu requerimento de extensão para mais 20 anos com base em programas que implicam em investimentos na usina da ordem de R$ 1 bilhão. Esse investimento representa um baixíssimo custo para os 640 MW ‘novos’ a partir de 2025”, comentou o executivo.

De acordo com a Chefe de Gabinete da CNEN, Cássia Helena Lima, a comissão vai se empenhar para que o processo de análise do pedido ocorra dentro do prazo adequado, com foco na segurança, radioproteção e no extremo rigor técnico. A usina de Angra 1 entrou em operação no ano de 1985. Portanto, vai completar 40 anos de atividades em 2024. Conforme o padrão norte-americano adotado no Brasil, o pedido de extensão de vida útil de uma planta nuclear deve ser feito cinco anos antes do fim da licença de operação.

Segundo a CNEN, entre os vários itens que serão analisados durante o processo de avaliação do pedido de extensão, estão o Programa de Gestão de Envelhecimento (PGE) e também procedimentos relacionados à gestão do conhecimento e à obsolescência. A comissão revelou ainda que a usina de Angra 2, que tem um prazo mais amplo de sua vida útil inicialmente licenciada, também já iniciou estudos para implementar um Programa Integrado de Gestão do Envelhecimento de Sistemas, Estruturas e Componentes.

Nos Estados Unidos, esse tipo de operação de extensão de vida útil já foi realizado em mais de 70 usinas nucleares, que tiveram suas licenças renovadas para um período de 60 anos. Os americanos também iniciaram estudos que podem estender a operação das usinas para até 80 anos.